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    Cinco PMs são presos sob suspeita de participar de chacina em Campinas

    LUCAS SAMPAIO
    DE CAMPINAS

    29/01/2014 18h59

    Cinco policiais militares foram detidos nesta quarta-feira (29) por suspeita de participação na maior chacina da história de Campinas, quando 12 pessoas morreram entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda (13) na periferia da cidade.

    As prisões foram feitas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM. Quatro policiais foram detidos durante o expediente de trabalho e um, em casa. Três deles foram apresentados na Delegacia Seccional de Campinas (a 93 km de SP) no fim da tarde. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

    Policiais militares eram os principais suspeitos da chacina porque, horas antes dos ataques, o PM Arides Luiz dos Santos, 44, fora assassinado em local próximo ao das mortes.

    Dois rapazes tentaram roubar um posto de gasolina em que o policial, que estava em horário de folga, parou para abastecer. Ao perceber o assalto, Santos tentou desarmar um dos assaltantes e foi baleado.

    Os dois suspeitos de matar o policial foram detidos nos últimos dias, um em Minas e outro na Bahia. Um deles é menor de idade.

    Os homicídios da chacina tiveram características semelhantes: os atiradores passavam de carro e atingiam as vítimas com vários tiros de pistola. Desde o início, parentes e vizinhos das vítimas apontavam policiais militares como responsáveis pelos crimes.

    FIO CONDUTOR

    Segundo policiais que participaram das investigações, a Polícia Civil chegou aos suspeitos devido à morte de Joab Gama das Neves, 17, baleado na mesma noite da chacina.

    Ele chegou a ser internado no Hospital das Clínicas da Unicamp, mas morreu dois dias depois.

    Devido à característica do crime, a morte de Joab passou a ser investigada junto com os demais homicídios.

    Segundo os policiais, um jovem que estava no local viu Joab ser baleado e reconheceu um dos policiais que teriam participado das chacinas.

    Esse PM depôs na noite de ontem e, de acordo com os investigadores, confirmou ter matado Joab e apontou os outros quatro policiais que teriam participado do crime.

    A Secretaria de Segurança Pública do Estado confirmou a prisão temporária de cinco policiais militares e afirmou que "eles são suspeitos de participar da série de mortes ocorridas em Campinas". Segundo a secretaria, as investigações continuam.

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