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    Oposição 'explora' episódio de médica cubana, afirma ministro da Saúde

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    05/02/2014 19h23

    O ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez um duro ataque à oposição diante do pedido de refúgio de uma médica cubana inscrita no programa Mais médicos.

    Ramona Matos Rodriguez abandonou seu posto de trabalho, em Pacajá (PA), e passou a noite abrigada na liderança do Democratas na Câmara dos Deputados.

    Para Chioro, a oposição está fazendo uma "exploração política" do episódio e tentou "boicotar o quanto pode" a realização do programa.

    "Se dependesse da oposição, 22 milhões de brasileiros continuariam sem atendimento à saúde", disse nesta quarta-feira (5), em coletiva de imprensa, em referência à população dos municípios onde há profissionais do programa.

    O ministro argumentou que do total de 5.378 profissionais do Mais Médicos em atuação, 22 cubanos desistiram do programa, 17 deles por questões de saúde.

    Outros 5 alegaram motivos pessoais e retornaram a Cuba. Ao todo, entre médicos brasileiros e estrangeiros de diversas nacionalidades, 102 (1,9%) foram desligados do programa.

    Chioro também criticou a decisão da médica de abandonar o posto de trabalho. Segundo ele, a atitude trouxe "graves prejuízos aos pacientes agendados".

    "São gestantes, hipertensos, diabéticos, recém-nascidos. São pessoas que colocaram sua expectativa no atendimento, e não podemos aceitar que haja prejuízo à qualidade, à eficiência do programa Mais Médicos."

    O abandono do posto foi comunicado ao ministério na manhã de hoje pela Prefeitura de Pacajá. Segundo Chioro, a pasta agora está "providenciado" o desligamento da médica.

    O ministro, no entanto, não quis comentar o motivo apresentado por Ramona para o abandono. Ela disse que tomou a decisão após descobrir que o valor de R$ 10 mil pago aos demais profissionais do programa não seria integralmente depositado para os cubanos.

    "Os termos da relação de trabalho são estabelecidos entre a Opas [Organização Pan-Americana de Saúde] e o governo de Cuba", disse.

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