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    Alunos do Mackenzie protestam por melhorias no curso de direito

    ADRIANA FARIAS
    DE SÃO PAULO

    07/02/2014 11h16

    Alunos do Mackenzie fizeram um protesto no interior dos prédios do curso de direito na manhã desta sexta-feira (7) contra a falta de estrutura do curso. Ao menos 1.200 estudantes aderiram à manifestação, segundo os organizadores.

    O protesto teve início às 9h em frente ao campus do Mackenzie, no centro. Os estudantes chegaram a fechar a rua da Consolação, sentido av. Paulista, por 20 minutos. A Polícia Militar afirma que foi acionada por conta de um princípio de tumulto, mas quando chegou ao local nada foi constatado, pois grande parte dos estudantes já haviam se deslocado para protestar dentro da universidade.

    Segundo Catarina Morais Pellegrino, 24, presidente do Centro Acadêmico João Mendes Jr., os manifestantes ocuparam todo o campus do Mackenzie e tiraram os alunos e professores das salas e paralisaram as aulas do curso de direito para exigir uma resposta da universidade.

    "As salas de aula estão superlotadas. Tem aluno assistindo aula com a carteira fora da sala porque não tem espaço", diz Pellegrino. "O Mackenzie só cobra e não pensa na estrutura."

    Miguel Henrique Cavalcante/Leitor
    Alunos do curso de direito do Mackenzie protestam fora da universidade por melhorias no curso
    Alunos do curso de direito do Mackenzie protestam fora da universidade por melhorias no curso

    O estudante Gabriel Nardini Abdala, 19, afirma que sua sala tem capacidade para 30 alunos, mas há 83 pessoas matriculadas.

    "A lotação é tão grande que as carteiras dos alunos estão a um palmo da lousa. O professor não consegue dar aula".

    Os alunos também reclamam de uma construção realizada pela própria universidade que tem atrapalhado o andamento do curso por conta do barulho e falta de estrutura de isolamento acústico. Outra queixa é em relação ao sistema de ventilação das salas que não está funcionando, segundo os alunos.

    O curso de direito do Mackenzie possui 540 vagas e a mensalidade é de R$ 1.425. No RUF 2013 (Ranking Universitário Folha), que analisou as 192 universidades brasileiras partindo de 16 quesitos de qualidade, o Mackenzie ficou em 27º lugar no ranking geral e em 7º se considerada a sua reputação no ensino.

    De acordo com o estudante Miguel Henrique Cavalcante, 21, também membro do Centro Acadêmico João Mendes Jr., diversos protocolos foram entregues à universidade pedindo melhorias, mas como não tiveram resposta deram início a manifestação.

    Cavalcante flagrou na semana passada o momento em que um aluno da turma do primeiro ano assisti a uma das aulas de direito com a carteira do lado de fora da sala por conta da superlotação.

    "Fui dar um aviso na sala e sequer consegui entrar. Aí o aluno me disse que por falta de espaço teve que colocar a carteira para fora da sala porque não queria perder a aula".

    O protesto terminou às 13h e às 14h30 a reitoria do Mackenzie iniciou reunião com os representantes do Centro Acadêmico João Mendes Jr..

    Miguel Henrique Cavalcante/Leitor
    Estudante do curso de direito do Mackenzie assiste a aula de fora da sala de aula da universidade
    Estudante do curso de direito do Mackenzie assiste a aula de fora da sala de aula da universidade

    OUTRO LADO

    O Mackenzie afirma que elaborou um projeto de reestruturação de energia no campus Higienópolis. "O objetivo é instalar ar condicionado nas salas de aula de diversos prédios do campus, que ainda não dispõem desse sistema", afirmou a instituição em nota.

    Quanto ao problema de espaço e ao barulho causado pela obra ao lado, o Mackenzie disse que encontram-se em fase final. "Isso ajudará na solução do problema de falta de espaço em algumas salas de aula."

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