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    Sabesp corta 20% da água fornecida para São Caetano do Sul

    DE SÃO PAULO

    07/02/2014 11h20

    A Sabesp reduziu 20% a quantidade de água que envia a São Caetano do Sul. O corte no abastecimento começou à zero hora dessa quinta-feira e a redução no fornecimento é por tempo indeterminado.

    A medida, acordada pela prefeitura e pela companhia, acontece por conta da estiagem que deixa nível do reservatório Cantareira, responsável pelo abastecimento do município, com 80% de água a menos que sua capacidade.

    No total, a cidade recebe da Sabesp 500 litros por segundo. O acordo prevê ainda priorizar a distribuição emergencial para unidades de saúde e hospitais.

    Segundo o DAE (Departamento de Água e Esgoto de São Caetano), a medida preventiva tomada é "extremamente necessária por causa da situação crítica do nível registrado no reservatório". O sistema cantareira está no pior nível dos últimos 84 anos – a medição do reservatório começou em 1930.

    Apesar de receber 20% de água a menos, a Prefeitura de São Caetano descartou qualquer possibilidade de racionamento de água, neste momento. "Se a população não ajudar a prefeitura atingir a meta haverá racionamento. Também dependemos da chuva, mesmo que a população colabore, se não chover, o consumo terá que ser racionado", disse Osmar Silva Filho, chefe da divisão técnica do DAE.

    No primeiro dia de redução no fornecimento de água da Sabesp não houve problemas de abastecimento em São Caetano. De acordo com Filho, a população está colaborando e a vazão disponibilizada está atendendo a cidade.

    O engenheiro ainda projeta problemas para o futuro. "Estamos consumindo a reserva do inverno. O volume do sistema cantareira deveria estar em 70%, mas estamos em 20, 21% o que é muito pouco. Pode haver problemas no meio do ano, quando historicamente não chove", explicou Filho.

    DIADEMA

    A cidade de Diadema está fazendo um rodízio no fornecimento de água na cidade. A medida começou no último dia 27 de janeiro e atinge diversos bairros e acontece devido a estiagem que reduziu o nível dos reservatórios e mananciais de abastecimento.

    Todos os dias a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) interrompe o abastecimento em alguns bairros em sistema de rodízio. Os horários do corte de água podem variar.

    OUTROS CASOS

    Já enfrentam racionamento de água as cidades de Valinhos e Vinhedo, na região metropolitana de Campinas. Valinhos iniciou rodízio no fornecimento de água na segunda-feira e Vinhedo, em dezembro.

    Em Itu, a prefeitura também começou a racionar água. O racionamento deve ocorrer durante os próximos 20 dias.

    A medida foi necessária, segundo a prefeitura, porque os mananciais que abastecem a cidade estão com menos de 10% da capacidade. Com isso, não há água para ser tratada e distribuída, informou a concessionária Águas de Itu.

    Em Campinas, a prefeitura anunciou que vai multar quem desperdiçar água. Se não chover nas próximas duas semanas, dizem autoridades municipais, o racionamento será inevitável.

    Outras cidades do interior paulista, como, Piracicaba, Limeira e Rio Claro, estão sob o risco de enfrentar um racionamento de água ainda neste mês.

    A mesma situação é vivida em São Carlos e Descalvado, na região de Ribeirão Preto.

    O volume de água armazenado no sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e 5,5 milhões na região de Campinas, já atinge menor patamar em uma década - com 20,6% da sua capacidade nesta sexta-feira (7).

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