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    Prefeito suspeito de integrar rede de exploração sexual é preso no AM

    JÉSSICA STUQUE
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    08/02/2014 18h08

    O prefeito de Coari (a 363 km de Manaus), Adail Pinheiro (PRP), foi preso na tarde deste sábado (8) sob suspeita de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes na região.

    Segundo a polícia, Pinheiro, que era procurado desde o início da manhã de hoje, apresentou-se espontaneamente à delegacia geral de Polícia Civil, em Manaus, por volta das 13h15.

    Mais cedo, outras cinco pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento no esquema –entre elas, estão dois secretários e três funcionários da prefeitura de Coari.

    Os mandados de prisão foram decretados na sexta-feira (7) pelo desembargador Djalma Martins da Costa, do Tribunal de Justiça do Amazonas, após denúncia apresentada pelo Ministério Público estadual.

    A ação, que começou às 6h, foi realizada por integrantes da Força Especial de Resgate e Assalto, da Polícia Civil do Amazonas.

    Após realizar um exame de corpo de delito, o prefeito foi encaminhado para a Cavalaria da Polícia Militar, no bairro Dom Pedro, onde deve ficar detido provisoriamente.

    Na manhã de hoje, o advogado Alberto Simonetti Neto, responsável pela defesa do prefeito, disse que ele só se apresentaria à polícia se conseguisse direito a cela especial. O desembargador acatou o pedido.

    Os demais presos foram encaminhados para o Instituto Penal Antônio Trindade, em Manaus.

    OUTRO LADO

    De acordo com o TJ, o prefeito é acusado de envolvimento em crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à prostituição. Ele nega. O processo corre em segredo de justiça.

    O advogado do prefeito de Coari, Alberto Simonetti Neto, diz que já entrou com um pedido de habeas corpus para revogar a prisão. Para ele, o pedido de prisão é "absurdo".

    Segundo o advogado, o prefeito afirma que as acusações são "fictícias" e fazem parte de uma "orquestração política".

    A Folha procurou a prefeitura de Coari e o advogado dos demais presos para comentar o caso, mas não conseguiu contato na tarde de sábado (7).

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