O reservatório de água do Sistema Cantareira, o principal fornecedor de água para a Grande São Paulo, registra 19,8% de sua capacidade total neste domingo (9). Esse é o nível mais crítico em 39 anos de operação.
A Sabesp, responsável pelo abastecimento na região, evita falar em racionamento e diz que a saída é buscar alternativas e economizar. Cerca de 1,6 milhão de habitantes da zona leste de São Paulo, em bairros como São Miguel Paulista, Vila Carrão e Itaim Paulista, estão sendo abastecidos pela bacia do Alto do Tietê.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também descarta, pelo menos por enquanto, a necessidade de racionamento. "Estimulamos o combate ao desperdício de água. As pessoas que economizarem 20% do consumo terão mais 28% de desconto [no valor da conta]", afirmou.
| Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
 |
||
| Técnico monitora nível baixo de represa do sistema Cantareira na Grande São Paulo |
Ele, porém, reforçou que isso vai depender das chuvas, que estão muito abaixo da média para este mês. A Sabesp tem investido em anúncios em TVs e jornais para incentivar o consumo moderado de água.
A empresa abriu uma licitação, por meio de uma parceria público-privada, para construir uma adutora para buscar água na represa do rio São Lourenço, na bacia do Ribeira do Iguape, para abastecer mais 1,5 milhão de pessoas. Já há um consórcio vencedor. A construção custará R$ 2,2 bilhões e deve ser concluída em 2018.