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    Praça Roosevelt sofre com vandalismo 1 ano e meio após reforma em SP

    GIOVANNA BALOGH
    DE SÃO PAULO

    11/02/2014 03h10

    Cones impedem a entrada nos banheiros e no fraldário da praça Roosevelt (centro de São Paulo. Com risco de cair, uma pia está escorada por um cone. Pichados, os espaços, bem ao lado da inspetoria regional da GCM (Guarda Civil Metropolitana), estão interditados há meses após terem sido depredados por vândalos.

    Os banheiros foram inaugurados em setembro de 2012 após a reforma da praça, que custou R$ 55 milhões à Prefeitura de São Paulo e levou quatro anos para ficar pronta –dois de espera e dois de obras.

    A situação de abandono não fica só nessa área. Além do mato alto, há muito lixo nas áreas de concreto e jardineiras. A maioria das lixeiras está danificada. Os problemas também atingem o parquinho, que tem, por exemplo, balanços quebrados.

    Os quiosques que deveriam receber as floriculturas que antigamente existiam na praça estão vazios, assim como o prédio que deveria receber um batalhão da Polícia Militar.

    Outra queixa dos frequentados é pelo cachorródromo (área destinada aos cães) não ser cercado. A pedagoga Roseli Manzo, 55, vai diariamente à praça com seus animais e lamenta a falta de conservação. "Tem muito policiamento, mas falta manutenção. Está tudo muito descuidado. A presença constante de guardas-civis no espaço, porém, não evita o vandalismo.

    PEDESTRE X SKATISTA

    Parte dos danos se deve aos skatistas, segundo frequentadores. Usados como obstáculos, bancos de madeira, grades de corrimãos e muretas acabam danificados. O piso tátil para deficientes visuais, por exemplo, está com falhas em vários trechos. A rixa entre skatistas e pedestres, aliás, segue na praça desde a reinauguração.

    "Qualquer dia atropelam alguém. Deveria ter uma área só para eles e outras para os pedestres", diz a cuidadora Rita Silva Tramontim, 65, que leva a idosa Maria Tobias, 88, todos os dias à Roosevelt.

    Em fevereiro do ano passado, a prefeitura instalou placas para delimitar as áreas proibidas a skatistas, mas a sinalização não é respeitada. Skatistas que preferiram não ser identificados disseram que vão à praça porque é uma das poucas opções na cidade para praticarem o esporte com segurança. Reclamam que a área voltada para eles é muito pequena e, por isso, andam no espaço proibido.

    A Secretaria Municipal de Segurança Urbana diz que os guardas orientam os skatistas a usar o espaço com segurança. Segundo a pasta, além da inspetoria, existe no local uma base móvel que funciona 24 horas com três agentes.

    Há ainda reforço de guardas em bicicletas e motos que fazem rondas pelo espaço. A pasta afirma ainda que se alguém for flagrado depredando o patrimônio será encaminhado ao distrito policial mais próximo.

    A Subprefeitura da Sé informou que "os banheiros serão reparados ainda neste semestre" e que "estuda a aplicação de serviços de zeladoria e manutenção dos sanitários, bem como a utilização dos quiosques". Disse ainda que uma equipe varre diariamente a praça e que a jardinagem ocorre duas vezes por mês.

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