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    Cardozo diz que financiamento a vandalismo precisa ser investigado

    DANIELLE MENEZES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE ARACAJU

    13/02/2014 23h39

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta quinta-feira (13) punição a eventuais financiadores de atos de vandalismo em protestos, mas afirmou que a prática ainda precisa ser investigada.

    "Temos que investigar a fundo. Se há pessoas que financiam atos de vandalismo e prática de crimes, tem que ser punidas. Não só quem pratica, mas quem os financia, incentiva e articula tem que ser punido. Não importa quem seja", disse o ministro em Aracaju, onde participa de reunião do Colegiado dos Secretários de Segurança Pública do Brasil.

    O manifestante Caio Silva de Souza, 22, preso no Rio sob a acusação de ter deflagrado o rojão que atingiu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, 49, durante um protesto na semana passada, disse em depoimento que recebeu oferta de dinheiro para participar de atos de rua. Ele afirmou não saber detalhes sobre a fonte de pagamento.

    Cardozo disse que violações à lei durante os protestos precisam ser punidas com rigor, mas sem impedir a realização de manifestações.

    "Temos que garantir o direito das pessoas se manifestarem e punir com rigor os que violam a lei utilizando as manifestações. Não podemos criminalizar movimentos, nem cercear liberdades democráticas", declarou.

    Ele afirmou que há uma "confusão inapropriada" na tentativa de classificar a violência praticada em protestos como terrorismo. "Não podemos agir de forma passional."

    Também presente à reunião, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, defendeu que o uso de máscaras por manifestantes seja proibido. "Acho que a lei deve vetar esse tipo de coisa. E se não for respeitado, isso deve ser criminalizado", disse.

    Ele afirmou que a legislação atual "não desestimula" os manifestantes que praticam atos de vandalismo. "Se exigimos que um policial cumpra a lei, não cometa abuso, por coerência, devemos aplicar as mesmas regras aos manifestantes."

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