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    Sem reajuste, DF propõe aumento de benefícios para PMs e bombeiros

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    15/02/2014 14h38

    Pressionado há meses por policiais militares e bombeiros, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), apresentou ontem uma proposta de reajuste dos benefícios pagos à categoria. No entanto, a reestruturação da carreira e o reajuste salarial, principais reivindicações, foram deixadas de lado.

    O governo propôs um reajuste na tabela do auxílio-moradia ao longo de três anos, começando em setembro. Dependendo da remuneração do policial, ele poderá receber de R$ 365 a R$ 1,2 mil por ano. O teto do benefício, que não era reajustado desde 2002, poderá chegar a R$3,6 mil até 2016.

    O governo propôs ainda R$ 200 de aumento para o auxílio-alimentação a partir de julho, passando de R$ 650 para R$ 850. De acordo com o GDF, os reajustes representam 22% de acréscimo nos vencimentos dos policiais até 2016.

    A proposta não inclui aumento de salário porque ele é pago com recursos do governo federal, e qualquer reajuste deste tipo teria que ser aprovado pelo Congresso Nacional. No entanto, desde o ano passado, o governo federal tem vetado qualquer reajuste para categorias de servidores por representarem grande impacto nas contas públicas.

    A proposta foi finalizada nesta sexta em reunião entre Agnelo e os comandantes da Polícia Militar, Anderson Moura, e do Corpo de Bombeiros, Júlio César dos Santos. Na noite de ontem, as medidas foram apresentadas aos representantes das associações dos policiais.

    As medidas serão votadas na segunda-feira de manhã em uma assembleia. Caso os policiais aceitem as mudanças, o governo do DF editará um decreto ordenando os pagamentos. Em relação à reestruturação da carreira, o governo do DF encaminhará a reivindicação para análise do governo federal.

    OPERAÇÃO TARTARUGA

    Desde o ano passado, a PM do DF estava trabalhando com mais lentidão para atender às ocorrências, em uma operação que ficou conhecida como "operação tartaruga". A intenção era pressionar o governo a cumprir algumas promessas feitas para a categoria nas eleições de 2010, sendo a principal, a reestruturação da carreira.

    Com a intensificação do movimento, o primeiro mês de 2014 registrou 73 homicídios e 5 latrocínios, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF. Os números revelam um aumento de 49% dos casos em relação ao mesmo período do ano passado.

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