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    Defesa diz que armas usadas no Carandiru sumiram de fórum; Justiça nega

    DE SÃO PAULO

    18/02/2014 12h41

    O advogado de defesa dos 15 policiais militares que estão sendo julgados pelas mortes de oito presos no terceiro andar do Carandiru, em 1992, disse nesta terça-feira (18) que as armas usadas na ação, que estavam armazenadas no fórum, sumiram.

    Por meio de sua assessoria, o Fórum da Barra Funda, onde é realizado hoje o segundo dia do júri, negou que as armas tenham desaparecido.

    "Levaram as armas do Tribunal do Júri, não só os projéteis. Sumiu tudo aqui do fórum. Eu até pedi agora para o juiz para que fossem trazidas ao plenário do júri as armas apreendidas. Nem as armas dos presos existem mais. Estilete, faca, sumiu tudo", disse Celso Vendramini.

    A questão em torno das armas usadas pelos policiais durante a ação no Carandiru, há quase 22 anos, interessa à defesa, que argumenta que não foram feitos testes de balística para comprovar que os tiros que atingiram as vítimas partiram das armas de seus clientes.

    No final de 2013, 30 armas estocadas em uma sala do Tribunal do Júri, dentro do fórum, foram furtadas. A assessoria do local afirma, porém, que essas armas não tinham relação com o Carandiru.

    SEGUNDO DIA

    Hoje, os jurados vão ouvir duas testemunhas de defesa: o secretário da Segurança Pública à época, Pedro Franco de Campos, que já passou pelo plenário, e um agente penitenciário.

    Ontem, foram ouvidas duas testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público: um perito e o ex-diretor de segurança e disciplina do Carandiru.

    O julgamento do massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 1992, está sendo feito em etapas. Na fase atual, estão sendo julgados 15 policiais do COE (Comando de Operações Especiais) pelas mortes de oito presos no terceiro andar e duas tentativas de homicídio.

    Em 2013, em outras duas etapas, foram condenados 48 PMs por mortes ocorridas no primeiro e no segundo andares. Eles recorreram e respondem em liberdade. O massacre vitimou ao todo 111 presos.

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