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    Rio de Janeiro

    Garis entram em confronto com a PM próximo do sambódromo do Rio

    DO RIO

    01/03/2014 17h38

    Centenas de garis entraram em confronto na tarde deste sábado com policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar no Rio. A confusão teve início a poucos metros do centro administrativo na prefeitura carioca, na Cidade Nova.

    O conflito teve início quando os manifestantes tentavam seguir para o sambódromo, onde na noite de hoje desfilam as escolas de samba da série A. Os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo para impedir o avanço dos garis.

    Gritando palavras de ordem, eles diziam que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, vai varrer a cidade sozinho durante o Carnaval. O grupo contava com cerca de 500 manifestantes.

    Os garis ameaçam entrar em greve e reivindicam o aumento de benefícios, além do pagamento integral das horas extras nos fins de semana.

    Fabio Teixeira/Folhapress
    Garis protestam e entram em confronto com a polícia no Rio
    Garis protestam e entram em confronto com a polícia no Rio

    Um dos organizadores do protesto, o gari Bruno Lima, disse que a categoria está há três anos insatisfeita com as condições de trabalho e avalia que o carnaval é o momento ideal para mostrar a importância da categoria para a cidade.

    "A gente não aguenta mais. São salários muito baixos, de cerca de R$ 900, o tíquete está defasado e as condições do trabalho são péssimas. Falta funcionário, a Comlurb virou cabide politico e quem trabalha de forma operacional, não tem valor", disse o gari.

    Segundo Lima, 70% dos trabalhadores aderiram à greve. Em alguns pontos da cidade, os garis não recolheram o lixo.

    Em nota, a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) informou que "não existe greve de garis na cidade". A empresa afirmou que mantém negociação com o sindicato da categoria, "como faz todos os anos no período do acordo coletivo".

    "Tem muita gente se aproveitando deste momento tenso, com aproximação de eleições. Mas a greve não ocorre", disse Paes à "Rádio Globo".

    A manifestação partiu da sede do Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que chegou a decretar uma greve de um dia na noite de sexta, mas voltou atrás horas depois. Hoje, estava prevista uma nova assembleia ao meio-dia para discutir uma possível contraproposta da Comlurb, mas os dirigentes não compareceram.

    Em nota divulgada, o vice-presidente do sindicato, Antonio Carlos da Silva, informou que a categoria não está em greve. O sindicato reafirmou que mantém negociação com a prefeitura.

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