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    Empresa que organiza Carnaval de rua no Rio tenta limpar parte da cidade

    DO RIO

    03/03/2014 13h22

    A Dream Factory, empresa contratada para organizar o Carnaval de rua do Rio, tenta fazer uma operação de emergência para limpar parte da cidade na manhã desta segunda-feira (3).

    A reportagem registrava o lixo acumulado nas ruas da Lapa quando verificou que homens vestidos de blusa verde com a inscrição "coleta seletiva" recolhiam lixo da rua e depositavam em dois caminhões do tipo baú.

    A Folha conversou com dois funcionários da Dream Factory que coordenavam a operação e não que quiseram revelar seus nomes.

    De acordo com eles, o contrato da Dream Factory para organização do Carnaval de rua não prevê limpeza urbana da cidade.

    Ainda segundo os funcionários, 60 pessoas e quatro caminhões baú estão atuando na limpeza, ou tentativa de limpeza, da Lapa e do bairro de Santa Teresa, no centro e que recebeu vários blocos durante o Carnaval.

    Mesmo com o trabalho, que segundo os funcionários é realizado de forma voluntária pela companhia e sem nenhum respaldo da Prefeitura do Rio, as ruas continuavam sujas.

    SUJEIRA PELA CIDADE

    A Folha percorreu as ruas do centro da cidade. O mau cheiro predomina. Na estação Central do Brasil e no seu entorno, o lixo se acumula em grandes montes no canteiro das árvores e aos pés de postes.

    A avenida presidente Vargas, a principal ligação do centro à zona norte e onde ficam estacionados os carros que vão desfilar no Sambódromo, está coberta de lixo, assim como a avenida Rio Branco e a praça da Cinelândia.

    Na segunda Administração Regional da Comlurb, localizada próxima à Presidente Vargas, a reportagem verificou três caminhões de lixo parados dentro do pátio e outros três do lado de fora do prédio.

    O Aterro do Flamengo, onde 150 mil pessoas acompanharam ontem o bloco Bangalafumenga, está coberto de lixo. Lá, a reportagem verificou garis sem uniforme tentando limpar as ruas. Segundo eles disseram à Folha, são funcionários de cargos comissionados da Comlurb, como gerentes e chefes de departamento, atuando de forma voluntária. No Aterro do Flamengo, que tem duas vias expressas com quatro faixas cada, eram nove garis trabalhando no total.

    Nas escadarias do Monumento aos Pracinhas, no aterro, assim como a frente do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio, turistas tiram fotos em meio a escadarias imundas.

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