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    Rio de Janeiro

    Garis fazem manifestação na sede da Comlurb, no Rio

    DO RIO

    05/03/2014 13h58

    Cerca de 150 garis promovem na tarde desta quarta-feira (5), no Rio, uma manifestação em frente à sede da Comlurb (companhia de limpeza urbana), na Tijuca (zona norte).

    O grupo quer ser recebido por algum representante da empresa e promete, caso não seja atendido, fazer uma passeata até o sambódromo, no centro, onde haverá a apuração dos pontos do desfile das escolas de samba. Policiais do Batalhão de Choque acompanham a movimentação.

    Por volta das 8h30, um grupo de cerca de 20 grevistas tentou convencer garis que limpavam o Aterro do Flamengo a abandonar o trabalho. Sem sucesso, duas vassouras a dois ancinhos foram quebrados, como forma de intimidação.

    Após o incidente, a Guarda Municipal passou a acompanhar o grupo, que seguiu trabalhando até as 12h30. O grupo que defende a greve tem feito rondas com motocicletas e carros a fim de mobilizar a categoria.

    O desembargador José da Fonseca Martins Junior, do TRT (Tribunal Regional Eleitoral), emitiu mandado de intimação para garantir a segurança dos garis que querem trabalhar. Um oficial de Justiça foi orientado a fazer diligências nas gerências de operação da Comlurb para viabilizar o acesso e a segurança dos empregados em atividade.

    A determinação judicial também dobra a multa diária de R$ 25 mil para R$ 50 mil imposta ao Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, caso os garis não retornem ao trabalho. A entidade afirma que a greve não foi decretada por eles, e sim por um grupo independente, não vinculado à diretoria do sindicato.

    A Comlurb já demitiu 300 funcionários que não se apresentaram ao trabalho após a Justiça declarar a paralisação como ilegal. Ao mesmo tempo, a Prefeitura do Rio anunciou um reajuste de 9% do piso salarial da categoria, além de aumento no pagamento de hora-extra, auxílio creche, vale-alimentação, entre outros.

    O presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, disse, em entrevista à CBN, que os grevistas têm atuado "de forma truculenta e abusiva". "Como acaba sendo um trabalho de emboscada, não é algo fácil de reprimir".

    Ele afirmou que a cidade só voltará a estar limpa após três dias de trabalho com 100% dos funcionários em atividade, o que ainda não foi possível. Na manhã desta quarta-feira ainda havia lixo acumulado em todo o centro da cidade e zona sul.

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