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    Rio de Janeiro

    Após manifestação no centro do Rio, garis continuam em greve

    DIANA BRITO
    DO RIO

    06/03/2014 17h49

    Cerca de 300 garis participaram de uma manifestação pelo aumento salarial da categoria, nesta quinta-feira, no Rio. Apesar do protesto, não houve acordo com a prefeitura e os funcionários da Comlurb continuam em greve.

    Enquanto isso, montanhas de lixo se acumulam por toda a cidade e a chuva preocupa moradores e comerciantes, que temem enchentes por conta de bueiros entupidos.

    Também participaram da manifestação grupos de partidos políticos como Partido da República (PR) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) - com o presidente regional Cyro Garcia, além de professores da rede pública de ensino.

    Os manifestantes iniciaram o protesto na sede da Comlurb, na Tijuca (zona norte), por volta das 10h, caminharam até a prefeitura e dispersaram na avenida Rio Branco, no centro, às 16h30.

    Após a passagem dos garis, a avenida Rio Branco voltou a ser liberada, no sentido praça Mauá, zona portuária. O grupo marcou outro protesto, desta vez uniformizados, para esta sexta (7), em frente à prefeitura, às 10h.

    Os garis pedem aumento salarial de R$ 803 para R$ 1.200, mais 40% de insalubridade. Eles dizem que a paralisação continua até conseguirem uma negociação com a prefeitura.

    INTERESSES POLÍTICOS

    Um dos líderes da greve dos garis, Célio Viana, 48, admitiu mais cedo ser filiado ao PR. Apesar de ter sido candidato a vereador em 2012, ele disse que seu apoio não é de interesse político.

    Na cédula eleitoral, Viana se apresenta como Célio Gari e usa o mesmo nome na rede social, onde posa numa foto postada em fevereiro ao lado de Garotinho. Em entrevista à Folha nesta quinta-feira, no entanto, Célio Viana afirmou ter encontrado Garotinho pela última vez apenas há dois anos.

    " Não existe interesse político aqui", disse.

    Osvaldo Praddo/Agência O Dia
    Garis são escoltados por guardas municipais para fazerem a coleta de lixo, em Botafogo, na madrugada de quinta-feira
    Garis são escoltados por guardas municipais para fazerem a coleta de lixo, em Botafogo, na madrugada de quinta-feira

    RENATO SORRISO APOIA GREVE

    No sétimo dia consecutivo de paralisação, o gari mais famoso do Carnaval carioca apareceu na manifestação e disse que aderiu ao movimento. Há 18 anos na profissão de gari, Renato Sorriso, 49, disse que apoia a greve. Policiais militares do Batalhão de Choque estiveram no local e acompanharam o grupo até o centro.

    Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Prefeito incompetente, não somos delinquentes. Ooou, o gari acordou".

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