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    Rio de Janeiro

    Após paralisação, garis recolhem 160 t de lixo na zona oeste do Rio

    BRUNO CALIXTO
    DO RIO

    11/03/2014 16h16

    Uma das comunidades que mais tiveram lixo acumulado em oito dias de greve dos garis, Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, está praticamente limpa. Segundo a Comlurb, foram recolhidas 160 toneladas de resíduos da localidade desde sábado (8), quando a paralisação chegou ao fim.

    A concessionária informa que, nesta terça-feira, 15 garis, além de motoristas e operadores de máquinas, atuam para finalizar a limpeza nas regiões conhecidas como Areal e Areinha. A força-tarefa conta com caminhões compactadores, basculantes e pás mecânicas. A iniciativa ainda tem o apoio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, que disponibilizou caminhões e pás mecânicas.

    A operação começou nas praias da zona sul e avançou pelo centro durante a madrugada de domingo, inclusive pelas ruas da Lapa e nos arredores do Sambódromo, onde aconteceu o desfile das campeãs.

    Segundo a Comlurb, mais de 3.000 garis foram mobilizados no fim de semana, além de 175 equipamentos adicionais -caminhões, pás mecânicas e varredeiras- para melhorar os serviços de coleta e varrição do lixo acumulado nos dias de paralisação.

    Erbs Jr. - 05.mar.14/Frame/Folhapress
    Lixo fica espalhados durante greve dos garis; categoria recolheu 160 toneladas de resíduos na zona oeste
    Lixo fica espalhados em greve dos garis; categoria recolheu 160 toneladas de resíduos na zona oeste

    Nos dois dias do fim de semana foram removidas 18.200 toneladas de resíduos, segundo a Comlurb. No Sambódromo, uma equipe de 120 garis realizou a limpeza, retirando 15,5 toneladas. Já no desfile do Monobloco, que produziu 11,3 toneladas de lixo, foram mobilizados 150 garis, quatro caminhões compactadores, duas varredeiras e dois caminhões-pipa, além de 250 contêineres.

    De acordo com a companhia de limpeza, a cidade estará totalmente limpa ainda hoje. O prazo foi acordado entre a prefeitura e os cinco membros da comissão de greve que participaram da negociação salarial na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) no último sábado. Segundo a concessionária, a coleta é feita em turnos de dois ou três dias, variando de acordo com a região.

    A categoria venceu a queda de braço com a prefeitura e conseguiu 37% de aumento no salário-base, que deixa de ser R$ 800 para ser R$ 1.100, além do adicional de 40% por insalubridade. Os garis também conquistaram outros benefícios, como reajuste no tíquete-alimentação, que passou de R$ 12 para R$ 20 diários.

    Um dos membros da comissão de greve, Bruno Lima, 28, retomou suas tarefas no bairro Encantado, na zona norte, no domingo (9) pela manhã. "Estamos todos muito motivados. Levei a ata da reunião (de ontem) a uma gerência, e estavam todos muito felizes, mas certos de que este é um processo que não se encerra aqui", relata o gari.

    A Comlurb lembra que a limpeza da força-tarefa envolve três setores de trabalhadores para diminuir o impacto de oito dias de paralisação: garis do turno do fim de semana, trabalhadores escalados para retirar lixo dos blocos de carnaval e empregados adicionais.

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