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    Professores da rede pública fazem ato nacional e param por um dia

    DHIEGO MAIA
    DE SÃO PAULO

    18/03/2014 19h20

    A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação programou um protesto em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para esta quarta-feira (19).

    Os professores querem o cumprimento da lei do piso salarial. Segundo a categoria, os salários estão defasados e devem ser reajustados em 19%. O governo oferece aumento de 8,32%.

    Os docentes também reivindicam a votação do PNE (Plano Nacional da Educação), em tramitação na Câmara, e a destinação de 10% dos recursos do PIB (Produto Interno Bruto) para o setor.

    Em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Goiás, Amazonas, Espírito Santo, Santa Catarina e no Distrito Federal, a maior parte das escolas públicas da rede estadual não deve funcionar amanhã, por causa da manifestação.

    O movimento nacional teve início na segunda-feira, quando as aulas foram interrompidas no Maranhão, Bahia, Sergipe e Piauí. Em Salvador, pelo menos 1 milhão de estudantes da rede estadual foram afetados.

    MOVIMENTOS GREVISTAS

    Professores do Rio Grande do Norte e de Mato Grosso estão em greve há mais tempo.

    No RN, o ano letivo deste ano só contou com um único dia de aula. A maior parte das escolas da rede estadual está fechada há 50 dias. Segundo o sindicato da categoria, 70% dos docentes aderiram à greve, que afeta aproximadamente 200 mil estudantes.

    "Não há progressão de carreira nem incentivo nos salários para o professor buscar capacitação. O nosso plano de cargos e carreiras está congelado na Justiça", afirmou o coordenador do sindicato, José Teixeira da Silva.

    Em Natal, há risco de que o ano letivo não seja concluído até dezembro, segundo Silva.

    Em Mato Grosso, o sindicato dos professores informou que as redes municipais de seis cidades estão paradas.

    Em Cuiabá, o ano letivo da rede estadual só começou na segunda-feira (17). O atraso se deu devido à greve da categoria no ano passado, que durou 67 dias e invadiu o calendário de 2014.

    "Já é sabido que não vamos conseguir concluir o ano letivo até dezembro. As aulas seguirão em 2015", prevê Henrique Lopes do Nascimento, presidente do sindicato dos professores no Estado.

    OUTRO LADO

    A Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte informou que reajustou em 91,5% o rendimento dos professores nos últimos três anos e que encaminhou projetos de lei à Assembleia para garantir outros benefícios à categoria.

    Já a Secretaria de Educação de Mato Grosso disse que apresentou um plano de reposição das aulas aos sábados, em Cuiabá. A pasta diz que 16 sábados de aulas serão suficientes para cumprir o calendário.

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