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    Rio de Janeiro

    Governador do Rio promete indenização à família de mulher arrastada

    DO RIO

    19/03/2014 12h35

    Em reunião de cerca de 40 minutos com familiares de Claudia Ferreira da Silva, 38, na manhã desta quarta-feira (19), o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pediu desculpas pelas falhas no socorro a ela e garantiu que os familiares serão indenizados e receberão auxílio jurídico e psicológico.

    Cláudia foi morta durante uma operação policial no morro da Congonha, em Madureira (zona norte do Rio), no último domingo. Durante o socorro, seu corpo foi arrastado no asfalto por 350m, ao ficar pendurado no carro do policial que o conduzia.

    Além de 11 pessoas da família, incluindo os quatro filhos de Cláudia e os quatro sobrinhos que ela criava, participaram do encontro os secretários estaduais de assistência social e direitos humanos e da casa civil.

    "O governador pediu desculpas pela truculência e imprudência da polícia na ação. Eu acredito nas desculpas, mas quero que os PMs envolvidos sejam punidos", disse Alexandre Fernandes, marido de Cláudia, após a reunião.

    A família também reclamou com governador sobre a forma como a polícia entra nas comunidades –segundo eles, "já atirando". Os parentes também disseram que Cláudia já teria caído do porta-malas na rua Buruti, uma das vias de acesso ao morro da Congonha, onde ocorreu a operação.

    Durante o encontro, foi oferecido à família a inclusão de todos no sistema de proteção à testemunha, além da disponibilidade de benefícios do governo, como o bolsa-família carioca. Por enquanto, a família não irá entrar no sistema de proteção, mas negocia uma indenização do Estado pela morte de Cláudia.

    "O governo irá agilizar todos os benefícios e fazer com que o Bolsa-Família de que a Cláudia era titular continue em vigor. Também iremos agilizar o processo de adoção dos sobrinhos, que a Cláudia já havia dado entrada, e a questão da indenização já está sendo discutida", disse Pedro Fernandes, titular da pasta de assistência social e direitos humanos.

    Hoje à tarde, a família irá se reunir com o comandante-geral da Policia Militar e com o chefe da Polícia Civil. Além de acompanhar as investigações, a família que saber se os policiais estavam na favela em uma operação oficial.

    "Existe a informação de que esses policiais teriam ido pegar dinheiro dos traficantes, pois o baile funk havia terminado. Queremos saber se era uma operação mesmo", disse Diego Gomes, primo de Cláudia.

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