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    Verão termina sendo o mais quente da história de São Paulo

    FABRÍCIO LOBEL
    DE SÃO PAULO

    20/03/2014 13h57

    O verão 2013/2014, que terminou na tarde de ontem, entrou para a história de São Paulo como o mais quente em 71 anos na cidade.

    A partir dos dados fornecidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a Folha constatou que a média das temperaturas máximas na estação ficou em 31,3°C na capital paulista.

    Em comparação com a média das máximas do verão passado, foram 3°C a mais.

    O recorde anterior era do verão de 1997/1998, quando a média foi de 30,3°C.

    A cidade de São Paulo teve ainda a quebra de seguidas marcas históricas de temperatura neste verão.

    RECORDES

    O mês de janeiro foi o mais mais quente da série histórica do Inmet, iniciada em 1943, com temperaturas médias de 31,9°C. Fevereiro ficou em segundo lugar.

    Nesses dois meses, São Paulo teve 26 dias seguidos em que os termômetros chegaram a 30°C, fato inédito na cidade, segundo o instituto de meteorologia.

    Neste verão, nem mesmo as noites aliviavam o calor. No madrugada do dia 4 de fevereiro, os termômetros chegaram a registrar 25,3°C.

    Além de São Paulo, houve calor atípico em Santa Catarina, onde a Secretaria Estadual de Educação atrasou o início das aulas à espera do fim de uma onda de calor de 18 dias com temperaturas acima de 30°C.

    Em Criciúma, interior do estado catarinense, os termômetros registraram 40,4°C. No Rio de Janeiro, no dia 4 de fevereiro, a sensação térmica chegou a 57°C.

    Editoria de Arte/Folhapress

    PRESSÃO

    Segundo meteorologistas do instituto, o calor excessivo foi resultado de uma configuração atípica do regime de chuvas sobre o estado de São Paulo.

    Uma zona de alta pressão do oceano Atlântico ficou estacionada por semanas sobre a região Sudeste e impediu a chegada de frentes frias vindas do Sul do país e de massas de ar úmido que chegavam da Amazônia.

    Uma das consequências do período de estiagem no Estado foi a crise no abastecimento de água na Grande São Paulo. O reservatório do Cantareira, que abastece 8,8 milhões de habitantes dessa região, atingiu seu nível mais baixo da história, com 14,6% de capacidade.

    Segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), neste verão choveu metade da média dos últimos dez anos no sistema Cantareira.

    O outono começará quente e chuvoso, típico de um período de transição, mas com o passar das semanas as temperaturas deve ficar dentro da média para a estação.

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