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    Novo Plano Diretor transforma Nova Palestina em área para moradia popular

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    26/03/2014 17h26

    O novo texto do Plano Diretor prevê que e região onde está a ocupação Nova Palestina, no Jardim Ângela (zona sul), se transforme numa ZEI (zona especial de interesse social), para a construção de habitações de interesse social.

    A informação foi confirmada pela equipe técnica do vereador Nabil Bonduki, que fez diversas reuniões com movimentos de moradia. Os sem-teto se reuniram na tarde desta quarta-feira com a presidência da Câmara.

    No texto final do plano, a Nova Palestina foi incluída como área de interesse social. Com a mudança, 700 mil m2 da área serão destinados a parque e 300 mil m2 vão virar habitação. No mapa de Zeis válido hoje, a Nova Palestina não estava incluída.

    A região é uma área de proteção ambiental e, segundo alguns vereadores, não deveria receber habitação. O maior crítico da medida é o vereador Gilberto Natalini (PV). Para ele, a área deve ser mantida como um parque, conforme decreto vigente. Segundo Natalini, a região tem 50 nascentes.

    "Ali há 2,2 milhões de área verde, com mata atlântica nativa. A área é lindeira à represa Guarapiranga. Foi muita luta para reservar para um parque para proteger a represa, que serve água para 4 milhões de pessoas na zona sul. Qualquer ocupação ali compromete o abastecimento", disse Natalini.

    O vereador diz ser favorável a uma medida para assentar os moradores da Nova Palestina. "Sou a favor do movimento, mas eles têm que entender que isso deve ocorrer em outra área", disse.

    HADDAD

    O prefeito Fernando Haddad (PT) já havia afirmado hoje que a área da Nova Palestina poderia ser destinado a moradia popular. A afirmação foi feita em um carro de som usado por sem-teto que manifestavam no viaduto do Chá, na frente da prefeitura.

    Haddad também disse que irá suspender o processo de reintegração da ocupação Dona Deda, no Campo Limpo (zona sul). A ocupação fica em terreno do município.

    Antes de chegar ao viaduto do Chá, os cerca de 3.000 manifestantes (segundo estimativa da PM) já tinham feito uma passeata desde o largo da Batata (na zona sul), passando pela Rebouças e pela rua da Consolação. O movimento estima que o total de manifestantes pode ter chegado a 10 mil.

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