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    Haddad diz que auditoria nas contas do transporte termina em julho

    DE SÃO PAULO

    27/03/2014 14h16

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira que a auditoria nas contas do sistema municipal de transporte deve demorar cerca de quatro meses.

    O trabalho será feito pela consultoria Ernst & Young, contratada por R$ 4 milhões para analisar todos os contratos da prefeitura com as empresas de ônibus e fornecedores.

    O objetivo é avaliar a contabilidade informada pelas empresas, calcular custos com frota, funcionários e insumos (como combustível e pneus), por exemplo, estimar margens de lucro e avaliar a qualidade dos serviços.

    O objetivo é ter informações para aperfeiçoar o modelo de cálculo da passagem e da tarifa paga às viações.

    "A palavra de ordem é transparência, carta branca para verificação independente", disse Haddad.

    Questionado sobre a "caixa preta do transporte", o secretário Jilmar Tatto (Transportes) deu risada. "Eu estou procurando essa caixa preta até hoje, espero que ela apareça agora."

    A previsão inicial era que a Ernst & Young teria 12 meses para concluir a auditoria, mas a prefeitura já vinha tentando reduzir o prazo pela metade. Hoje, afirmou que ele poderá ser concluído em meados de julho, mas o prazo pode ser antecipado ou prorrogado caso seja necessário.

    Além de checar a consistência das finanças do transporte, a auditoria servirá de base para a nova licitação do sistema.

    Os contratos com as empresas de ônibus venceram em julho do ano passado. A gestão petista chegou a abrir uma licitação, mas cancelou a concorrência por causa dos protestos de junho.

    Para evitar a falta de ônibus nas ruas, Haddad assinou contratos emergenciais com as mesmas empresas, com duração de um ano.

    A expectativa era lançar nova licitação antes do vencimento dos contratos emergenciais, mas técnicos da prefeitura consideram que não será possível analisar a auditoria e concluir a licitação em julho.

    Com isso, será preciso assinar novos contratos emergenciais com as viações, mas o prazo de vigência é incerto.

    A situação de indefinição tem causado impactos nas ruas. A frota de ônibus atingiu a maior média de idade dos últimos oito anos e, em fevereiro, 6% dos veículos já haviam ultrapassado o limite de dez anos de vida útil –quando, por contrato, deveriam ser aposentados.

    As empresas dizem que não estão investindo porque não sabem por quanto tempo continuarão operando. Já a prefeitura afirmou que multa empresas que usam ônibus antigos.

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