As autoridades francesas anunciaram, nesta quarta, a suspensão do processo de expulsão da estudante brasileira Thaís Moreira, 20.

O secretário-adjunto da Prefeitura de Polícia do departamento (estado) Val-du-Marne, Hervé Carrère, informou a ativistas de direitos de imigrantes em situação irregular que foi suspensa a ordem para que Thaís deixasse o país até a próxima segunda-feira (07).

"Ela vai receber uma autorização de permanência provisória de seis meses, com possibilidade de renovação. Não é uma solução definitiva, mas é um primeiro passo e evita o processo de expulsão", disse Pablo Krasnopolsky, da associação Educação Sem Fronteiras, que participou da audiência na cidade de Créteil (sudeste de Paris).

Thaís vive ilegalmente na França desde 2009, quando chegou aos 15 anos. Uma regra de 2012 permite que, após cinco anos de residência e três anos de escolarização, um imigrante menor peça regularização.

Seu pedido foi negado sob alegação de que ela já é maior de idade e que sua residência permanente se descaracterizou por uma viagem de férias para o Brasil, durante um mês, em 2010.

O caso ganhou repercussão depois que colegas e professores fizeram manifestações em frente ao colégio Suger, onde ela estuda, na cidade metropolitana de Saint-Denis (ao norte de Paris).

Eles organizaram um abaixo-assinado que reuniu 600 assinaturas. O prefeito de Saint-Denis, Didier Paillard (comunista), escreveu uma carta pedindo o fim do processo de expulsão da brasileira.