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    Seis jovens morrem atropelados ao sair de festa em Sorocaba (SP)

    JÉSSICA STUQUE
    MARIA CAROLINA GONÇALVES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    ANDRÉ MONTEIRO
    ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA (SP)

    06/04/2014 17h26

    Seis jovens morreram e outros seis ficaram feridos depois de serem atropelados ao saírem de uma rave na manhã de ontem em Sorocaba, a 98 km de São Paulo.

    O motorista do carro que os atropelou, o comerciante Fabio Hiroshi Hattori, 27, estava embriagado, segundo a polícia –teste de bafômetro apontou presença de álcool no sangue superior ao índice permitido, disse a polícia.

    A defesa informou que não teve acesso ao exame.

    Segundo a polícia, ele tentou fugir, mas foi contido até a polícia chegar por um balconista que testemunhou o atropelamento, o que a defesa de Hattori não confirma.

    Hattori foi preso sob acusação de homicídio doloso, tentativa de homicídio doloso e embriaguez ao volante.

    A Polícia Civil diz que Hattori admitiu ter bebido e disse que voltava de uma festa.

    Policiais rodoviários disseram que o rapaz afirmou ter dormido ao volante. A defesa disse que não conseguiu falar com Hattori a respeito porque ele está "abalado".

    COMO FOI

    O atropelamento ocorreu às 6h na altura do km 107 da rodovia Raposo Tavares.

    Segundo a Polícia Militar Rodoviária, Hattori tentou desviar de dois jovens que haviam atravessado a pista.

    Ao fazer isso, foi em direção ao grupo de 12 jovens que também atravessavam a via, rumo a um ponto de ônibus –um parente de uma das vítimas deu outra versão, de que eles já estavam no ponto de ônibus ao serem atingidos.

    Cinco dos jovens morreram no local –Leo Neves, 19, Giovanni Inocêncio, 17, Guilherme Modesto, 18, Amanda Alquati, 17, e Lucas Vieira, de idade não informada. Evelin Fernandes, também de idade não revelada, morreu no Hospital Regional de Sorocaba.

    Entre os seis feridos, três estavam em estado grave e outros três em situação estável, até a noite de ontem.

    O motorista foi levado para a Delegacia Seccional de Sorocaba. Como parentes das vítimas planejavam ir ao local, ele foi, por segurança, para a cadeia pública de São Roque, cidade vizinha. Ele será transferido para um Centro de Detenção Provisória.

    Hattori estava sozinho no carro, uma Saveiro. Ele mora no condomínio Granja Olga, de classe média alta, e trabalha em empresa da família.

    "Eu sei que nada vai trazer a vida dos meninos de volta, mas ele tem que pagar pela tragédia que cometeu", disse Fágner dos Santos, 27.

    Ele é tio de Alan Resende, 17, que quebrou as duas pernas ao ser atropelado e está hospitalizado.

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