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    Rio de Janeiro

    Após morte na Maré, governador do Rio defende resultados de ocupação

    FABIO BRISOLLA
    DO RIO

    13/04/2014 12h58

    A 60 dias do início da Copa do Mundo, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu os resultados alcançados ao fim da primeira semana de ocupação policial nas favelas do complexo da Maré. O conjunto, formado por quinze comunidades, está situado em um ponto estratégico, na rota do Aeroporto Internacional do Rio, entre a avenida Brasil e a Linha Vermelha.

    Desde a entrada das forças de segurança, houve uma série de ataques aos militares espalhados pela região, antes controlada por facções de traficantes e milicianos. Segundo o governador, a quantidade de drogas e armamentos encontrados nas comunidades surpreendeu as autoridades envolvidas na operação.

    Ontem, a primeira morte foi registrada no processo de ocupação da Maré. Pezão, no entanto, descartou a possibilidade de aumentar o número de policiais e militares para controlar a situação na região.

    "Se for preciso reforçar, vamos reforçar. Mas não é o caso. A ocupação começou há apenas uma semana, em um local antes comandado por duas facções do tráfico, além de milicianos. Não é fácil. Não é trivial", disse Pezão, que esteve na manhã deste domingo (13) na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa.

    O governador hesitou em fazer uma avaliação sobre o episódio que resultou na morte de Jefferson Rodrigues da Silva, 18, baleado por um fuzileiro naval.

    "Claro que não interessa a morte de ninguém. Mas o Exército informou que eles foram atacados", disse Pezão, que vai aguardar um relatório técnico sobre o caso. "A gente tem de analisar. Só vou falar depois que a Polícia Civil se pronunciar sobre o que ocorreu."

    De acordo com a versão do Exército, os militares identificaram dois suspeitos em uma das ruas da Vila do Pinheiro, que, na sequência, atiraram na direção da tropa. Os militares reagiram e o rapaz foi baleado.

    Moradores ouvidos pela Folha, no entanto, disseram que Jefferson Silva não tinha ligação com o tráfico e trabalhava em um lava-jato da região.

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