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    Posto inaugurado por ministro da Saúde estreia sem ortopedista em SP

    PAULA FELIX
    DO "AGORA"

    15/04/2014 03h10

    Inaugurada no sábado pelo ministro Arthur Chioro (Saúde) e pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), a primeira UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Paulo estreou ontem com até nove horas de espera por atendimento médico.

    Localizada em Campo Limpo, na zona sul, a unidade estava sem ortopedistas.

    Com suspeita de dengue, o instrutor de eletricidade Marcos João Amadio, 56, foi um dos que ficaram horas aguardando atendimento. "Cheguei às 9h e demorou uma hora para fazer a ficha." Ele foi atendido por volta das 16h.

    A dona de casa Maria Pedro, 51, ficou mais de nove horas na unidade. Ela chegou por volta das 6h, na esperança de ser uma das primeiras a ser atendida –a UPA, que funcionará 24 h, abriu às 7h.

    Às 11h, o médico pediu um raio X, que foi feito às 15h. Por volta das 16h ela recebeu o diagnóstico de pneumonia e foi liberada com a receita.

    Os pacientes disputavam as cadeiras, mas a maioria acabou tendo que sentar no chão ou ficar em pé. Outra queixa foi a falta de descarga no banheiro feminino.

    Vinícius Pereira/Folhapress
    Pacientes esperam em sala lotada no primeiro dia de funcionamento da UPA Campo Limpo
    Pacientes esperam em sala lotada no primeiro dia de funcionamento da UPA Campo Limpo

    OUTRO LADO

    A Secretaria de Saúde confirmou a falta de quatro ortopedistas e disse que há uma seleção em andamento pelo Hospital Albert Einstein, que administra a UPA.

    A pasta diz que, enquanto os ortopedistas não chegam, os atendimentos serão no Hospital do Campo Limpo.

    Sobre a demora no atendimento, a secretaria informou que foi causada pela "alta procura". A pasta disse que até as 18h, foram abertas 738 fichas. A capacidade é de mil atendimentos.

    A UPA do Campo Limpo é 69º posto desse tipo aberto no Estado. A prefeitura gastou R$ 9,1 milhões na reforma do prédio, antes ocupado por uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial).

    O governo federal repassará R$ 500 mil ao mês para mantê-la. O posto terá 17 médicos de dia e 13 à noite (das 19h às 7h), diz a prefeitura.

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