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    Familiares e amigos pedem justiça no enterro do menino morto no RS

    MELINA GUTERRES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTA MARIA (RS)

    16/04/2014 13h55

    Um clima de comoção e revolta marcou o enterro do menino Bernardo, 11, na manhã desta quarta-feira (16), no cemitério ecumênico em Santa Maria (RS). Entre parentes e amigos da família, cerca de cem pessoas acompanharam a cerimônia.

    O corpo do garoto chegou ao local por volta das 10h e foi enterrado no jazigo da família da mãe de Bernardo, que morreu em 2010.

    O pai, Leandro Boldrini, e a madrasta do menino, Graciele Ugolini, foram presos suspeitos pela morte do garoto, que ficou desaparecido por dez dias e cujo corpo foi localizado em Frederico Westphalen, cerca de 80 km de Três Passos, outra cidade gaúcha onde morava Bernardo.

    A polícia não informou se os suspeitos negam ou confirmam a autoria do crime nem se o casal constituiu advogado.

    A maioria dos presentes no enterro chorava. Muitos comentaram uma mesma frase: "que horror tudo isso". Bastante emocionada, a madrinha do menino Clarissa Oliveira foi a última a deixar o jazigo.

    Chorando muito, ela não quis falar com a imprensa no começo do enterro. Disse durante a cerimônia como se estivesse falando para Bernardo: "desculpa não ter feito mais do que eu podia". Logo após dizer essa frase, ela foi abraçada por alguns amigos e parentes.

    Ao final, ela disse à Folha: "O Bernardo era muito amado por nós. A gente tentava suprir o que ele não tinha lá [em casa]".

    A revolta ficou por conta da avó materna de Bernardo, Jussara Uglione, e por outros parentes. Em entrevista coletiva, ela disse que a morte do garoto "não pode ficar impune". "Justiça, não me deixe desamparada."

    No jazigo muitas flores e uma faixa: "Nosso anjo Bernardo, descanse em paz!".

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