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    Alckmin diz que não vai transformar crise da água em 'picuinha política'

    CÉSAR ROSATI
    DE SÃO PAULO

    17/04/2014 11h37

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que não fará "picuinha política" com a crise no abastecimento que afeta a Grande São Paulo.

    A afirmação foi uma resposta a declaração do secretário de Governo da prefeitura da capital, Chico Macena, que ontem afirmou que São Paulo já enfrenta um rodízio noturno de água e disse que "é preciso transparência" por parte da Sabesp para que a população seja avisada antes.

    "Não vamos transformar a maior seca das últimas décadas em picuinha política", disse o governador hoje durante agenda no Incor (Instituto do Coração). Alckmin enalteceu as políticas pública já adotadas pela Sabesp para tentar conter a crise hídrica instalada na região.

    Segundo o governador, 76% da população da Grande São Paulo reduziram o consumo com a política de incentivo. "Isso tem possibilitado nós enfrentarmos a maior estiagem dos último 84 anos, sem nenhum racionamento, sem nenhum rodízio", afirmou.

    Nesta quinta, o reservatório Cantareira voltou a registrar queda no volume de água armazenada. Segundo o boletim técnico divulgado hoje pela manhã pela Sabesp, o manancial tinha 12,2% da capacidade utilizada – 0,1% menor que ontem. O sistema atende mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

    A reportagem da Folha noticiou nos últimos dias que há um rodízio no fornecimento de água para diversos moradores de São Paulo. A manobra, que diminui em 75% a pressão na rede de abastecimento, seca a torneira de diversas pessoas entre 0h e às 5h.

    O racionamento levou inclusive a prefeitura a divulgar uma circular interna avisando órgãos públicos municipais para que eles se preparem para evitar problemas no abastecimento. O foco do documento era avisar escolas e unidades de saúde para o risco de falta d'água.

    De acordo com Chico Macena, que assina o documento como presidente do Conselho Gestor de Águas de São Paulo além de secretário de Governo, a manobra de redução de pressão atinge principalmente as zonas nortes e oeste.

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