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    Tensão provoca cancelamento de shows e de futebol na Bahia

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR
    ANDRÉ UZÊDA
    ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

    19/04/2014 16h04

    O clima de insegurança motivado pelo aquartelamento, na madrugada deste sábado (19), de policiais militares da Bahia motivou o cancelamento de shows e de jogos oficiais de futebol em Salvador.

    Mesmo com a retomada gradual das atividades pela PM no final da manhã, diversos eventos previstos vêm sendo cancelados.

    Não houve, por exemplo, um show da banda de rock local Cascadura, programado para a manhã deste sábado no Parque da Cidade. Os organizadores justificaram a medida "diante do clima de instabilidade gerado pela possível retomada da greve da PM".

    A tradicional Jam no MAM (Museu de Arte Moderna da Bahia), que é realizada ao final das tardes de sábado com shows de jazz, também não será realizada. O MAM fechou ao público.

    Joel Silva/Folhapress
    Soldados do Exército patrulham a praia de Ondina, em Salvador, devido ao aquartelamento de policias militares na Bahia
    Soldados do Exército patrulham a praia de Ondina, em Salvador, devido ao aquartelamento de policias militares na Bahia

    As cinco partidas da segunda divisão do Campeonato Baiano de futebol que aconteceriam entre sábado e a quarta-feira (23) também foram canceladas pela federação local.

    Outro evento suspenso foi o Luau do Forte, marcado para este sábado na Praia do Forte (55 km de Salvador). Timbalada, Natiruts e Bell Marques eram atrações confirmadas.

    A Arquidiocese de Salvador confirmou a programação religiosa da Páscoa, enquanto a prefeitura retomou as apresentações do espetáculo Paixão de Cristo. As duas primeiras apresentações da peça, na quarta (16) e na quinta (17), haviam sido canceladas.

    Durante a semana, duas partidas dos principais times baianos, válidas pela Copa do Brasil, também não aconteceram por causa da greve. O Vitória enfrentaria o J.Malucelli em Salvador na quarta, e o Bahia jogaria contra o Villa Nova na quinta.

    Um jogo do Vitória em Salvador pela Copa do Brasil também não aconteceu por causa da greve.

    A ameaça de nova greve voltou na sexta-feira (18), após a prisão do soldado Marco Prisco, vereador em Salvador pelo PSDB e líder da paralisação da corporação que se estendeu de terça (15) a quinta-feira (17).

    Em protesto, PMs passaram a madrugada de sábado (19) sem ir às ruas em protesto contra a prisão, que atendeu a uma decisão da Justiça Federal.

    TRANSPORTE

    A circulação do transporte público em Salvador foi normalizada neste sábado, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio dos Santos. Nos últimos quatro dias, desde o início da greve, houve redução da frota em circulação por falta de segurança.

    Na manhã deste sábado, passageiros ainda encontravam dificuldades em encontrar ônibus pela cidade. Santos disse que os motoristas começaram a trabalhar mais tarde, pois saíram de suas casas somente com o dia claro.

    A greve da PM baiana se estendeu por cerca de dois dias entre terça (15) e quinta-feira (17). Foi acompanhada por uma explosão da violência em cidades como Salvador e Feira de Santana, e terminou com governo e grevistas cedendo em concessões e reivindicações.

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