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    Violência segue alta na Bahia após fim de greve da polícia

    ANDRÉ UZÊDA
    ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    21/04/2014 03h40

    Três dias após o fim da greve da Polícia Militar da Bahia, os números da violência na Grande Salvador seguem acima da média.

    Das 19h de sábado até as 23h40 de ontem, o centro de dados da PM registrou 14 homicídios na região. Segundo o órgão, não houve ocorrências durante a madrugada desta segunda-feira. A média diária na capital é de cinco casos, em períodos normais.

    A greve se estendeu de terça a quinta-feira, período em que foram registrados 52 homicídios. Nos três dias seguintes ao fim da greve, foram 45. Os casos, porém, podem estar subnotificados.

    No sábado, a Folha apurou que parte da PM realizou a chamada "operação tartaruga", como retaliação à prisão do líder grevista Marco Prisco, soldado e vereador em Salvador pelo (PSDB).
    Ontem, havia policiais em ronda nos principais pontos da cidade e no estádio da Fonte Nova, onde houve uma partida entre Bahia e Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro.

    Segundo policiais civis da 1ª Delegacia Territorial dos Barris, a movimentação dos militares era "normal".
    O soldado Ivan Leite, da Aspra, uma das associações que participou da greve, disse que a "operação tartaruga" continuava na periferia, que concentrou mais de 90% dos homicídios durante a greve.

    Leite afirmou que haverá uma reunião hoje para decidir se a "operação tartaruga" prossegue.

    TRANSFERÊNCIA

    Prisco, que está preso há três dias, foi transferido ontem para uma cela individual no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

    A mudança ocorreu após sua defesa divulgar nota ontem afirmando que Prisco estaria "desesperado" e correndo riscos por estar em cela com outros 16 detentos "de alta periculosidade que respondem a crimes diversos".

    Seus advogados ingressaram no sábado com pedido de habeas corpus que não havia sido analisado até o início da noite de ontem.

    Prisco responde a ação de abril de 2013, movida pelo Ministério Público Federal, sob acusação de crimes cometidos na greve da PM de 2012.

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