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    Jovem é preso suspeito de ataque a garagem de ônibus em Osasco

    DE SÃO PAULO

    22/04/2014 17h41

    Um homem suspeito de participar de um ataque que incendiou 34 ônibus em Osasco (Grande São Paulo) foi preso no fim da manhã desta terça-feira (22).

    O ataque ocorreu na madrugada em um pátio da viação Urubupungá, que presta serviços para a prefeitura da cidade.

    Edilson Almeida Silva, 19, é irmão gêmeo de Edmilson, um jovem que foi morto na noite de ontem na região. Segundo a polícia, os irmãos já haviam sido detidos por tráfico de drogas na adolescência.

    A polícia suspeita que o ataque foi uma forma de vingança pela morte de Edmilson, que foi assassinado com 24 tiros em uma praça conhecida por ser ponto de tráfico.

    O delegado seccional de Osasco, Paulo Tucci, afirma que as investigações preliminares apontam que a morte ocorreu em meio a uma disputa de traficantes. Antes do ataque ao pátio, outros dois ônibus que circulavam pelas ruas já haviam sido atacados.

    Edilson foi preso sob suspeita de incêndio doloso (intencional), formação de quadrilha, dano ao patrimônio e lesão corporal –um funcionário da viação ficou ferido.

    A polícia diz que testemunhas reconheceram o suspeito, que também aparece em imagens de câmeras de segurança localizadas pela polícia.

    Outros quatro suspeitos de participar do ataque ainda são procurados.

    No interrogatório, Edilson disse que só falaria em juízo. A reportagem não conseguiu falar com seu advogado.

    ATAQUE

    Cinco criminosos armados invadiram o pátio da viação Urubupungá, localizado na avenida Presidente Médici, por volta da 1h.

    Vigias e manobristas, segundo a viação, foram rendidos pelos criminosos e obrigados a jogar combustível em um dos coletivos.

    No boletim de ocorrência, um dos funcionários relatou que foi mantido dentro do ônibus e só foi autorizado a sair quando o fogo de espalhou pelo veículo. Ele teve ferimentos no braço.

    A polícia afirma que 23 ônibus tiveram perda total e que 11 foram parcialmente incendiados. A Urubupungá estima que houve prejuízo de cerca de R$ 10 milhões.

    A empresa diz que a frota não tinha seguro e que os ônibus parcialmente destruídos podem ser recuperados, mas que o serviço demora de quatro a cinco meses.

    O incêndio começou em um ônibus, mas se espalhou porque os veículos estavam estacionados próximos uns aos outros no pátio, localizado na avenida Presidente Médici.

    Os ônibus danificados atendiam apenas o município de Osasco. Segundo a empresa, a viação tem uma frota de 670 veículos e será preciso fazer uma readequação de linhas para atender os passageiros.

    A estimativa é de que 20 mil pessoas serão prejudicadas com a falta de ônibus nas ruas -a prefeitura fala em 7.000.

    A prefeitura afirma que todas as 21 linhas de ônibus da zona norte de Osasco foram prejudicadas, pois o incêndio tirou de circulação 29 dos 171 veículos que prestam serviços na região.

    A Urubupungá se comprometeu a regularizar a situação, segundo a prefeitura, mas caso não seja possível será usada "frota emprestada da Viação Osasco, concessionária contratada para operar a região sul da cidade".

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