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    Rio de Janeiro

    Após morte de dançarino, grupo protesta e cerca PMs em favela do Rio

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    22/04/2014 19h24

    A morte de um dançarino de 25 anos provocou uma série de confrontos entre a polícia e moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, na zona sul do Rio.

    O tumulto começou após a notícia de que Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, foi encontrado morto, na manhã de hoje, por policiais da 13ª DP (Ipanema) e PMs da UPP do Pavãozinho durante uma perícia no alto do morro. Douglas era motoboy, mas trabalhava como dançarino no programa "Esquenta", da TV Globo.

    Policiais do Choque estão na região. Há a informação de que dez policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) estão encurralados em uma casa no alto da comunidade. O trânsito na região é bastante complicado e estações de metrô próximas foram fechadas.

    Helicópteros da polícia estão sobrevoando a favela. Quem passa pelas ruas próximas à comunidade ouve sons de tiros e bombas. Um carro foi incendiado em um dos acessos ao Pavão-Pavãozinho. A polícia acredita que a ação tenha sido orquestrada por traficantes do Comando Vermelho.

    Reprodução/Facebook
    Dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, ao lado da cantora Anitta; morte do rapaz causou protestos no Rio
    Dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG; morte provocou protestos no Rio

    O corpo de Pereira foi localizado no interior de uma escola. PMs chamaram a diretora para abrir o colégio e viram que o corpo estava junto a um barranco de 10 metros de altura. Segundo policiais, não havia marcas de tiro na vítima.

    Moradores contam que Pereira foi perseguido pelas vielas da favela na noite de ontem (21) durante o tiroteio. Não está claro se o rapaz caiu do barranco ou foi empurrado. Policiais contam que Pereira estava com uma costela quebrada.

    A avenida Nossa Senhora de Copacabana, que liga os bairros de Copacabana e Ipanema, está interditada na altura da rua Sá Ferreira. A estação do metrô na região também está fechada.

    As comunidades do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo tem uma UPP desde 2009. A partir de setembro do ano passado, criminosos passaram a impedir o patrulhamento de policiais militares em diferentes pontos da favela.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Protestos em 10 cidades
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