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    Sob forte pressão, comissão da Câmara aprova novo Plano Diretor

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    23/04/2014 13h49

    Sob forte pressão de movimentos Sem-Teto, o novo Plano Diretor da cidade foi aprovado por unanimidade na Comissão de Política Urbana nesta tarde.

    O plano é o conjunto de regras que norteia o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos.

    O novo texto amplia as áreas para construção de habitações para a população de baixa renda.

    Desde a manhã, movimentos de sem-teto lotam as entradas do plenário para pressionar a votação.

    Por volta das 12h50, guardas metropolitanos tiveram que usar spray de pimenta para dispersar um grupo que forçava a entrada.

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    O texto agora irá para plenário, o que deve ocorrer somente na próxima terça-feira. Isso porque a votação na comissão - que tem sete vereadores - terá que ser publicada no Diário Oficial da Cidade, o que deve ocorrer nesta quinta-feira.

    A previsão da gestão Fernando Haddad (PT) é conseguir a votação final do texto até o fim de maio. São necessários 33 dos 55 votos favoráveis para a aprovação.

    O plano vai incentivar as construções ao longo dos grandes corredores com infra-estrutura de transporte público e restringir a verticalização no miolo dos bairros.

    AEROPORTO

    Para garantir a aprovação, a base aliada de Haddad negocia a inclusão de emendas ao projeto. Essas emendas foram colocadas num arquivo separado ao texto e serão discutidas em plenário.

    A mais polêmica das sugestões era a que cria um aeroporto para aviões de pequeno porte em Parelheiros, no extremo Sul. A pedido do prefeito Haddad, a emenda foi retirada.

    O presidente da comissão, Andrea Matarazzo (PSDB), disse ser contra a emenda e sugere que somente daqui a um ano seja criado um plano aeroviário na cidade.

    O projeto tem apoio de vereadores com eleitores na região, mas duramente criticado por ambientalistas –segundo eles, o projeto vai acabar com nascentes e destruir parte da vegetação local.

    O Ministério Público Estadual também questiona a ideia do aeroporto na Justiça.

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