A água branca que sai das torneiras dos moradores da Vila Guilherme (zona norte) e da Vila Sônia (zona oeste) não apresenta problemas para consumo, segundo teste de laboratório feito a pedido da reportagem.
Há cerca de um mês, moradores dos dois bairros têm recebido água esbranquiçada. Especialistas apontaram como uma das causas o excesso de cloro, dosagem que teria sido reforçada com a transferência de água entre os sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e Cantareira.
A análise do laboratório Precision Labs com amostras dos dois bairros e do centro mostrou que todas estavam dentro da quantidade de cloro permitida pelo Ministério da Saúde.
Vinicius Pereira/Folhapress | ||
Morador da Vila Guilherme, na zona norte de SP, mostra água branca saindo da torneira |
A concentração ideal da substância para água potável é de 0,2 miligrama a 2 miligramas por litro de água.
O maior índice encontrado no teste foi de 0,5 miligrama por litro, na zona norte.
Para o químico Marco Aurélio, que fez a análise, a água fica branca por causa da pressão da tubulação. "São microbolhas. Quando a água sair dessa cor, pode esperar um pouco que logo voltará à ideal", disse.
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, afirmou que a "água está em perfeitas condições de uso". "Estamos falando de saúde pública e temos que ter cuidado."