Um grupo de manifestantes do movimento sem-teto entrou em confronto com a Guarda Civil Metropolitana e com a Polícia Militar no fim da tarde desta terça-feira em frente à Câmara Municipal de São Paulo. PMs com escudos também foram encaminhados ao local para ajudar a controlar a confusão.
O confronto começou após a informação de que a votação do Plano Diretor, prevista para hoje, seria adiada. O presidente da Câmara, José Américo (PT), afirmou que não haveria condições de votar o projeto hoje porque antes seria necessária a publicação no "Diário Oficial" da aprovação de vereadores em algumas comissões.
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A sessão era transmitida ao vivo por um telão e caixas de som do lado de fora da Câmara. As salas das lideranças do PSDB e do PSD foram tiveram vidraças quebradas. A sessão foi interrompida.
O acesso principal da Câmara virou um cenário de guerra. Os manifestantes atearam fogo em pneus e lixeiras na região, no centro da capital paulista. A fumaça invadiu a Câmara e funcionários tiveram dificuldade para respirar.
Policiais militares revidaram com jatos d'água e bombas de gás. Os manifestantes devolveram as bombas e também jogaram pedras grandes contra os PMs e GCMs.
Mais cedo, a Câmara fechou as portas para impedir que os manifestantes entrassem na Casa. O grupo havia prometido continuar no local até a votação do texto.
Os sem-teto vêm negociando com o prefeito Fernando Haddad (PT) a construção de moradias para famílias de baixa renda desde o início do mandato.
O Plano Diretor prevê a ampliação da reserva de áreas para Habitação de Interesse Social (HIS) e de Mercado Popular (HMP). O projeto prevê priorizar as habitações destinadas a pessoas de baixa renda.
Editoria de Arte/Folhapress | ||