Professores da rede municipal de ensino fazem uma passeata no centro de São Paulo na noite desta quarta-feira. Por volta das 19h20, a avenida 23 de Maio, sentido aeroporto de Congonhas, estava completamente interditada pelos manifestantes na altura do viaduto Tutoia.
Os funcionários pretendem chegar até a sede da Secretaria Municipal da Educação, na Vila Clementino, na zona sul. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda que os motoristas evitem a região.
Mais cedo, os professores fizeram uma assembleia no viaduto do Chá, na frente da prefeitura. Segundo a Polícia Militar, o ato promovido pelo Sinpeem, maior sindicato da educação municipal de São Paulo, reuniu cerca de 1.500 pessoas no centro da cidade.
Os professores decidiram continuar a greve da categoria iniciada no último dia 23.
Segundo a Secretaria Municipal da Educação, hoje a greve dos docentes paralisou as aulas em 53 das 1.326 escolas da rede de ensino da prefeitura.
Uma das principais exigências do movimento grevista é a incorporação aos salários, ainda neste ano, de um abono de 13,43% aos que ganham piso salarial, percentual prometido pela gestão Fernando Haddad (PT) para maio de 2015.
Com a incorporação, o índice valeria também para os aposentados e não apenas para os profissionais ativos. E pode incidir no cálculo de outros benefícios aos educadores.
A prefeitura diz não ter recursos para a incorporação neste ano. Afirma também que todos os profissionais da educação, inclusive os aposentados, já ganharão neste ano outro reajuste de 13,43%.
A gestão municipal afirma que a greve foi deflagrada em um momento em que as partes ainda negociavam e que já atendeu diversos pedidos da categoria. Os exemplos citados foram a extensão do abono para todos os profissionais da rede, como os gestores (a princípio era apenas para os professores); e a diminuição do peso das faltas no cálculo do pagamento de bonificação anual.