Cerca de 500 pessoas que vivem em invasões interditaram, nesta quinta-feira (8), uma rodovia federal em Curitiba, em protesto por melhores condições de moradia.

O ato integrou o Dia Nacional de Luta por Moradia Digna, que em São Paulo fechou a avenida Paulista e provocou a invasão da sede de três grandes construtoras —Odebrecht, OAS e Andrade Guitierrez.

Em Curitiba, o grupo que faz parte do MPM (Movimento Popular por Moradia) queimou pneus e galhos na pista, e interrompeu o fluxo na BR-376, no Contorno Sul, por cerca de duas horas, entre 9h e 11h.

A rodovia é uma das principais ligações entre o Paraná e São Paulo, e recebe centenas de veículos de carga diariamente.

"Nós não queremos nos mobilizar durante a Copa. Estamos nos mobilizando agora. Se não formos ouvidos, seremos obrigados a protestar depois", diz Chrysantho Figueiredo, um dos coordenadores do MPM em Curitiba.

Participaram do protesto famílias de três ocupações da região sul de Curitiba e de duas vilas que existem há 30 anos e ainda não foram regularizadas.

O grupo pede a agilização do Minha Casa Minha Vida e o fim de despejos forçados. "Em ano de Copa e eleição, a gente fica apreensivo que a coisa não caminhe", afirma Figueiredo.

O MPM tem um projeto para construção de 350 unidades pelo Minha Casa Minha Vida em Curitiba, mas ainda não conseguiu viabilizá-lo junto à Caixa Econômica.