• Cotidiano

    Monday, 06-May-2024 06:20:56 -03
    Crise da água

    Nível do sistema Cantareira neste sábado é de 26,5%, diz Sabesp

    DE SÃO PAULO

    17/05/2014 12h21

    Dois dias após o início do bombeamento do chamado 'volume morto' –reserva emergencial de água nas represas–, o sistema Cantareira está com 26,5% de sua capacidade neste sábado (17), afirma a Sabesp.

    A porcentagem é ligeiramente menor do que a informada pela companhia ontem, de 26,7%.

    Desde quinta (14), quando o 'volume morto' começou a ser utilizado, o site de monitoramento do nível dos sistemas da Sabesp na Grande São Paulo está fora do ar.

    Neste período, a companhia vem informando o nível de seus sistemas de abastecimento por meio de sua assessoria de imprensa.

    Segundo a Sabesp, houve um "problema técnico" na página, que está em manutenção e ainda não tem previsão para voltar a funcionar.

    'VOLUME MORTO'

    É a primeira vez em sua história que a Sabesp utiliza a reserva para evitar um colapso no abastecimento.

    Armazenado abaixo do ponto de captação das represas, o "volume morto" não pode ser retirado só por gravidade. Ele precisa ser puxado por bombas, cuja instalação custou R$ 80 milhões.

    A reserva é a última saída para que quase 9 milhões de pessoas na Grande SP não enfrentem um racionamento.

    O bombeamento começou nas represas Jaguari e Jacareí, as mais distantes de São Paulo. Técnicos afirmam que a água bombeada leva pelo menos 72 horas para chegar à capital paulista, o que deve acontecer neste domingo (18).

    Especialistas, no entanto, consideram que a água do "volume morto" pode ser mais suja e difícil de tratar. "É possível deixá-la com a mesma qualidade, mas certamente o tratamento será mais caro e mais difícil", diz Rodrigo Moruzzi, professor da engenharia ambiental da Unesp de Rio Claro.

    Ele afirma que essa água tem mais sedimentos e requer mais produtos químicos. "Estamos usando a 'raspa do tacho', o limite de reservação do Cantareira", afirma Moruzzi.

    Para Paulo Ferreira, professor de engenharia hidráulica do Mackenzie, outro fator que encarecerá o processo é o aumento na frequência de troca dos filtros das estações de tratamento.

    Veja vídeo

    Assista ao vídeo em tablets e celulares

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024