As duas crateras de aproximadamente quatro metros de largura por dois metros de profundidade na rua Barão da Torre, em Ipanema, zona sul, foram causadas pelo desprendimento de um bloco de rocha, segundo a concessionária responsável pela obra da Linha 4 Sul do Metrô.

"O bloco de rocha fraturada caiu dentro da câmara do tatuzão e começou um efeito de desarticulação e propagação tendo contato com a areia que, por sua vez, iniciou uma movimentação que evoluiu para a superfície", disse o gerente de produção da concessionária Aluizio Coutinho, ao justificar o surgimento das crateras na madrugada do dia 11 de maio. "Blocos de areia também entraram no tatuzão", acrescentou.

Coutinho disse que as obras deverão ser retomadas naquele ponto entre 45 e 60 dias. "Precisamos recomprimir o solo para voltar a escavar", disse ele, sobre as injeções de cimento que deverão ser aplicadas naquele trecho.

Ainda faltam 20 metros para finalizar a escavação da rocha, segundo Coutinho. "Os efeitos causados na superfície estão longe das fundações dos edifícios", disse. Segundo o representante da concessionária, as fissuras que surgiram em alguns prédios não são estruturais.

Ele informou que os buracos que se abriram foram efeitos localizados, restritos às calçadas.

O representante da Linha 4 avaliou que não há perigo às edificações do entorno da obra, porque as escavações não ocorrem sob os prédios, mas seguem os traçados das ruas.

Coutinho disse que a obra é monitorada durante 24 horas por sismógrafos. Apesar da paralisação da obra no trecho próximo à rua Barão da Torre, a concessionária informou que a expansão do metrô será entregue no primeiro semestre de 2016. A nova linha vai ligar a zona sul do Rio à Barra da Tijuca, na zona oeste.

Já foram escavados 400 metros de túnel, segundo a empresa.