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    Crise da água

    Em uma semana, nível do Cantareira cai quase 1 ponto percentual

    STEFANIE SILVEIRA
    DE SÃO PAULO

    22/05/2014 10h59

    Uma semana após o início da captação do volume morto do sistema Cantareira –reserva de água na zona mais funda das represas que, por ficar abaixo da tubulação que capta o líquido dos reservatórios, precisa ser bombeada para a superfície– o nível do reservatório segue caindo em função das chuvas, chegando nesta quinta-feira (22) a 25,8%.

    Na última quinta-feira (15), quando o volume morto começou a ser retirado o sistema atingiu o índice de 26,7%. Ou seja, mesmo com as chuvas do último final de semana, o reservatório perdeu quase 1% de sua capacidade em uma semana.

    O índice de chuva registrado no local é de 10,8 mm até esta quinta-feira (22). A média para o mês, segundo a Sabesp, é de 83,2 mm.

    Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), 1,5 milhão de habitantes já tiveram seus pontos de abastecimento remanejados para outros reservatórios. Até julho, o total de pessoas que serão abastecidas por outros locais será de 2,1 milhão.

    Os consumidores que tiverem o sistema de abastecimento remanejado serão atendidos pelos reservatórios do Alto Tietê e do Guarapiranga.

    Alckmin também diz que a economia feita pela população após o pedido da Sabesp e a concessão de desconto na conta de água para quem economizasse equivale a um racionamento de 36 horas com água e 72 horas sem água.

    Segundo o governador, a economia da população fez com que o índice de retirada de água do sistema Cantareira caísse de 31 para 23 metros cúbicos por segundo.

    SECA

    Se a estiagem for severa nos meses de inverno, o uso do chamado "volume morto" poderá ser limitado pelos órgãos responsáveis pela administração do sistema Cantareira -no caso, a ANA, ligada ao governo federal, e o DAEE, que é estadual.

    A decisão sobre quanto a Sabesp pode retirar das seis represas do Cantareira está sendo revisada semanalmente pelo dois órgãos.

    A Sabesp e o comitê anticrise apontam números diferentes para a água armazenada no sistema Cantareira. Enquanto a companhia do governo estadual mostrava dados acima de 26% na sexta-feira (16), o GTAG (Grupo de Assessoramento Técnico para Gestão), ligado à ANA (Agência Nacional de Águas) apontava cerca de 22%.

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    Editoria de Arte/Folhapress

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