A Polícia Civil do Espírito Santo desarticulou na segunda-feira (27) uma quadrilha especializada em furtar caixas eletrônicos. Entre os membros do grupo estava a universitária Luara Viali Silva, 23, aluna do 7º semestre de direito em uma faculdade particular de Cariacica, região metropolitana de Vitória.
Os outros dois membros presos em flagrante são os irmãos Anderlam Michel, 23, e Andreivdi Chagas Costas, 33, namorado e cunhado de Luara. Segundo o delegado Aeliston Azevedo, responsável pela investigação, os três são suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em furtos a caixas eletrônicos de todo país.
No momento da prisão, foram apreendidos na casa dos suspeitos equipamentos utilizados nos crimes, como furadeira, cilindro de oxigênio e maçaricos.
Segundo o delegado, o trio é suspeito de ter cometido somente neste ano mais de seis ataques a caixas eletrônicos localizados em sua maioria em estabelecimentos comerciais, como shopping e supermercados."Em um único assalto eles levaram mais de R$ 300 mil em dinheiro."
A polícia chegou ao grupo que realizou os ataques em Vitória a partir da investigação de outros integrantes da quadrilha que estão foragidos. Segundo Azevedo, já há mandados de prisão preventiva contra Felipe Ferraz Vasconcellos, Josué de Souza Almeida, André Luiz Viana e Walace dos Reis Melo.
Uma outra estudante de direito e estagiária do fórum de Vitória que estaria ligada à quadrilha também é procurada pela polícia. Segundo o delegado, ela também seria responsável por armazenar equipamentos usados para furto em sua casa.
Segundo a polícia, a estudante Luara Viali Silva era funcionária da Secretaria de Estado da Justiça e esbanjava uma vida que não condizia com o salário de pouco mais de R$ 1.000 que recebia.
De acordo com o delegado, Silva orientava os parceiros a não comentar os assuntos relacionados aos furtos pelo telefone. Além disso, ela própria também era orientada a não utilizar o carro de fuga do grupo no dia a dia.
A polícia estima que de 2012 até agora a quadrilha tenha realizado mais de 13 furtos que ultrapassam R$ 1,5 milhão ao todo. Os presos irão responder por furto qualificado e associação para o crime.
A Folha não conseguiu localizar o advogado dos suspeitos.