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    Forças de segurança fazem simulação de ataque terrorista no metrô do Rio

    BRUNA FANTTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    31/05/2014 10h58

    Uma simulação de um ataque radiológico foi realizada na manhã deste sábado (31) na estação do metrô Cidade Nova, no centro do Rio de Janeiro. O objetivo do treinamento era integrar as ações das forças de segurança para o caso de um ato terrorista durante a Copa do Mundo.

    O exercício constituiu na explosão de um artefato radiológico dentro de um trem do metrô com passageiros que tinham como destino o estádio do Maracanã, local onde serão realizadas sete partidas da Copa, inclusive a final. Ao todo, entre militares e civis, 270 pessoas foram mobilizadas.

    Para tornar o simulado o mais real possível, foram chamados militares para figurarem como passageiros. Com ferimentos fictícios, o grupo gritava na plataforma por socorro após a explosão do artefato. Atendidos pelos bombeiros, que usavam roupas próprias para proteção radioativa, as vítimas passaram por uma triagem e receberam pulseiras que determinavam o grau dos ferimentos.

    Após a triagem e a detecção do agente químico usado no ataque, os feridos foram levados para duas tendas de descontaminação: uma considerada primária, montada pelos bombeiros, e outra de descontaminação total, do Exército.

    Toda a ação foi supervisionada por um gabinete de crise que reuniu representantes do Ministério da Defesa, das polícias civil e militar, dos bombeiros e da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

    "O treinamento foi um sucesso pois conseguimos descontaminar as vítimas articulando todas as forças de segurança envolvidas. Estamos preparados para a prevenção, o combate e a administração das consequências de um ato terrorista", disse o porta-voz do Exército, tenente-coronel Marco Ferreira.

    Durante a realização do mundial, as tendas ficarão próximas a pontos de mobilidade considerados estratégicos.

    "As estruturas de descontaminação estarão sobre rodas, perto dos estádios para serem deslocadas em caso de um ataque. O tempo de montagem é de cerca 30 minutos, e cada pessoa deve ser descontaminada antes de ir para o hospital para assim não passar o agente nocivo para outras pessoas ou lugares", afirmou tenente-coronel Paulo Cabral, responsável pela Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército no estado. O oficial, no entanto, não quis divulgar o número de tendas que a corporação dispõe.

    Os militares especializados na descontaminação também irão realizar varreduras de todos os locais diretamente envolvidos na Copa. A ação inclui estádios, centros de treinamento, hotéis, aeroportos, bases aéreas e comboios das delegações oficiais.

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