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    Crise da água

    Sem previsão de chuvas, nível do Cantareira volta a cair em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    01/06/2014 17h04

    O nível do reservatório Cantareira que abastece a maior parte da Grande São Paulo voltou a cair nos últimos dias. Na comparação entre sexta-feira (30) e domingo (1º), o nível caiu mais 0,2 ponto percentual e chegou a 24,8% de sua capacidade.

    Desde o começo da utilização do conhecido como "volume morto" –reserva armazenada abaixo dos pontos de captação– há 14 dias, o volume das reservas do manancial caiu 1,9 ponto percentual.

    De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura), a previsão é que o tempo permaneça alternando chuviscos e períodos de muitas nuvens e pouco sol nos próximos dias. Não há previsão de chuvas para a capital e Grande São Paulo.

    No total, cerca de 9 milhões de pessoas recebem água do Cantareira diariamente na Grande São Paulo. O reservatório ainda atende municípios da região de Campinas (a 93 km da capital).

    ECONOMIA

    Na quarta-feira (28), após reafirmar que a Sabesp descarta o rodízio de água em São Paulo até o início de 2015, o diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato, afirmou que "nós vamos distribuir água com canequinha", se uma crise maior ocorrer no próximo verão.

    Na visão do dirigente da estatal, a situação atual está totalmente ligada ao verão extremamente seco registrado nos mananciais do sistema Cantareira, entre o fim do ano passado e o início deste.

    O comitê anticrise que monitora a estiagem do sistema Cantareira recomendou que a Sabesp reajuste a vazão do reservatório. De acordo com documento divulgado pela ANA (Agência Nacional de Águas), a quantidade de água que o manancial deverá receber nos próximos meses está em desacordo com o volume que será utilizado.

    Segundo a publicação, a Sabesp precisa incorporar um cenário mais "desfavorável" para garantir o abastecimento de água até novembro, período que começam as chuvas de verão.

    A Sabesp retira, em média, 20,5 mil litros por segundo das represas que compõe sistema. No período anterior a estiagem, a captação era de cerca de 30 mil litros por segundo.

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