Os agentes de trânsito da cidade de São Paulo descartaram em assembleia na noite desta terça-feira (10) uma greve nos próximos dias. Eles aceitaram parte das propostas de reajustes feitas pela prefeitura e decidiram continuar as negociações com o município apenas no Tribunal Regional do Trabalho.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ofereceu um reajuste salarial de 8%, além de um aumento de 11% sobre o vale-refeição e alimentação da categoria. A companhia ainda ofereceu um aumento de 25% sobre a Participação nos Resultados a partir de para 2015, além da implantação do vale-cultura no mesmo ano.
A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2013, foi de 6,3%. O piso é R$ 1.553,51 para 220 horas/mês. A data-base da categoria é 1º de maio.
Os sindicalistas, porém, pedem 12% de aumento salarial, mudanças no plano de carreira e mais abertura de concurso para a contratação de mais servidores. Eles se comprometeram a manter todos os funcionários trabalhando durante as negociações.
De acordo com o presidente do Sindiviários (sindicato dos agentes de trânsito), Reno Ale, as negociações evoluíram bastante e deve haver um acordo em breve. "Precisamos de um plano de carreira melhor e mais contratações para que o serviço de rua seja feito com qualidade. Hoje, a maior parte das infrações são aplicadas por radares e nossa principal função nas ruas é orientar o tráfego em caso de acidentes ou desvios, mas com poucos funcionários fica difícil", disse.
Os sindicalistas também querem a unificação dos vales alimentação e refeição para que eles possam ajustar o valor de acordo com suas necessidades. Assim, os marronzinhos poderiam gastar a maior parte do benefício na modalidade que ele preferir.
Por conta da greve dos agentes de trânsito na última quinta-feira (5), algumas faixas reversíveis foram montadas com atraso, e a da Radial Leste não foi instalada durante a manhã. À noite, policiais de trânsito foram acionados para fazer o trabalho.
Os agentes de trânsito fizeram piquetes na porta de unidades, o que impediu a entrada dos funcionários que optaram por não aderir à greve.