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    Reinaldo Campos Andraus (1945-2014) - Professor exigente, pai ciumento

    ANDRESSA TAFFAREL
    DE SÃO PAULO

    19/06/2014 00h01 Erramos: o texto foi alterado

    Quando se tratava de trabalho ou da educação dos filhos, Reinaldo Campos Andraus tornava-se um homem sério, um tanto austero até.

    Na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas, onde trabalhou por 38 anos, era conhecido por ser um professor polêmico. Extremamente sincero e ferrenho defensor da instituição, dizia que a UFU era seu partido político.

    Entre outras coisas, fez parte da reitoria da universidade, ajudou na criação do campus Santa Mônica e de várias graduações, além de dirigir a Faculdade de Gestão e Negócios por uma década, até se aposentar, em 2011.

    Em casa, estava sempre de olho na criação dos filhos. Ciumento, não deixava futuro genro pegar na mão da namorada com ele por perto. Tratava-o bem, mas exigia respeito. Chamar de "sogrão", então, nem pensar.

    Apesar de tanta seriedade, adorava dar aulas para jovens, que, por serem de outra geração, tinham visões diferentes das suas. "Se não estivesse aqui na sala de aula, ainda estaria chamando pasta de dente de dentifrício", brincou certa vez.

    Desde 1975, era casado com Tereza Cristina, a mulher que o "colocou na linha". Cruzavam-se todos os dias pelas ruas de Uberlândia e, antes mesmo de se conhecerem, ela sonhava em se casar com ele.

    Durante a aposentadoria, criou o hábito de tomar café no shopping com um amigo todos os dias, às 10h e às 16h.

    Havia cerca de dez anos lutava contra um câncer de intestino. Morreu na quarta (11), aos 69. Deixa a viúva, os filhos, Andréa, Marcus e Taís, e as netas, Mariana e Rafaela.

    coluna.obituario@uol.com.br

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