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    Câmara Municipal aprova Plano Diretor em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    30/06/2014 16h50

    Os vereadores de São Paulo aprovaram na tarde desta segunda-feira (30), em segunda e última votação, o novo Plano Diretor da cidade.

    Por 44 votos favoráveis e oito contrários, os vereadores aprovaram o projeto. Das 117 emendas apresentadas, 26 foram aprovadas em bloco, após negociação entre os partidos. O PMDB e o PSDB foram as siglas que mais conseguiram aprovar emendas, 8 cada um.

    O plano reúne regras para orientar o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos e tem como espinha dorsal o estímulo ao adensamento populacional ao longo dos corredores de transporte, como linhas de trem e metrô e faixas de ônibus.

    Ernesto Rodrigues/Folhapress
    Sessão da Câmara que aprovou o Plano Diretor de São Paulo, nesta segunda-feira (30).
    Sessão da Câmara que aprovou o Plano Diretor de São Paulo, nesta segunda-feira (30).

    No início desta segunda-feira, até mesmo os vereadores de oposição, como Ricardo Young (PPS), afirmavam que votariam a favor do plano. "Votarei porque houve um acordo", diz. "O plano é um avanço, mas tem um monte de defeitos. Um deles é adensamento" afirma.

    O PSD de Gilberto Kassab também resolveu votar a favor do plano. Membro da bancada, o vereador José Police Neto alertou para o fato de o plano não prever a fonte de recursos para tirar o projeto do papel.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O PSDB também havia afirmado que não pretendia obstruir a votação, como foi tentado outras vezes na Câmara. "O plano é melhor do que o enviado pelo Executivo, mas não é o que a cidade precisa", disse o tucano Andrea Matarazzo, que votou contra o plano.

    A votação ocorreu sob pressão do grupo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Ao menos uma centena de integrantes do movimento está acampada em frente à Câmara Municipal de São Paulo desde a última terça-feira (24) e lotaram as galerias do plenário.

    O movimento cobra a transformação do terreno Copa do Povo, em Itaquera (zona leste), em área para moradia. O projeto aprovado, no entanto, não beneficia diretamente os sem-teto quanto a esta reivindicação.

    A maior vitória do movimento nesta segunda veio com a aprovação de outro projeto que estabelece que prédios subutilizados possam virar moradia. Uma emenda nele abre espaço para que o terreno de Itaquera possa ter casas construídas por meio do Minha Casa Minha Vida e outros programas. Pela modalidade "entidades" do programa federal, o próprio MTST pode construir as habitações.

    Editoria de Arte/Folhapress

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