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    Suspeita diz que matou e esquartejou motorista porque era torturada por ele

    REYNALDO TUROLLO JR.
    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    01/07/2014 07h14

    As três mulheres presas suspeitas de terem matado e esquartejado um motorista de ônibus e espalhado partes de seu corpo no centro de SP alegaram à polícia que mataram a vítima pois uma delas era torturada pelo motorista física e sexualmente.

    De acordo com a polícia, as três são prostitutas e confessaram o crime, que aconteceu no fim de março. Uma delas, Marlene Gomes, 56, disse que era amante do motorista Álvaro Pedroso, 55, havia cerca de sete anos. Elas ainda não têm advogado.

    "A motivação alegada foi sadismo sexual intenso e ameaças de morte à filha dela, caso ela resistisse a esse sadismo", disse a delegada Elisabete Sato, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

    O trio foi preso entre sexta-feira (27) e sábado (28). As outras duas mulheres presas trabalhavam como prostitutas no 9º andar de um prédio na rua dos Andradas, na Luz (centro), onde Marlene atuava como uma espécie de gerente, diz a polícia.

    Para a delegada, Francisca Aurilene da Silva, 34, e Márcia de Oliveira, 32, envolveram-se no crime em solidariedade a Marlene. Nenhuma delas tinha passagem anterior pela polícia.

    Segundo a delegada, o crime foi premeditado: as três compraram um carrinho de feira para transportar o corpo, combinaram de se encontrar no prédio da rua dos Andradas e juntas, embebedaram o motorista.

    Elas contaram que Pedroso foi morto com um golpe na cabeça. Depois, foi esquartejado por Marlene, que, segundo a polícia, contou ter usado uma faca de cozinha.

    O corpo foi espalhado para dificultar a identificação.

    Partes do tronco, dos braços e das pernas do motorista foram localizadas no entorno do cemitério da Consolação em 23 de março. A cabeça foi achada na praça da Sé quatro dias depois.

    As pontas dos dedos e o órgão genital, que nunca foram localizados, foram jogados no lixo comum, disse a polícia.

    Editoria de arte/Folhapress

    A polícia identificou o morto após a família dele dar queixa de seu desaparecimento. A partir da cabeça encontrada, o laboratório de arte forense do DHPP fez a reconstituição facial da vítima, que foi reconhecida pela família. Um exame de DNA comprovou a identidade.

    A filha de Pedroso revelou à polícia que ele tinha uma amante, que era prostituta.

    Por meio de imagens de câmeras de vigilância, do relato de um taxista que transportou as mulheres no dia do crime e de rastreamento telefônico, a polícia chegou às três suspeitas.

    Um morador de rua, que chegou a ser detido em abril sob suspeita de ter espalhado as partes do corpo, não tinha relação com o crime, segundo a polícia. Ele só teria visto o carrinho que continha partes do corpo e o arrastado por alguns metros.

    As três tiveram a prisão temporária (por 30 dias) decretada e serão indiciadas sob suspeita de homicídio.

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