O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta terça-feira (1º) cronograma de medidas no período de seca para suprir os usuários do sistema Cantareira. Segundo ele, até outubro, haverá reversão de água de outros sistemas para abastecer os consumidores.

A intenção de diminuir a importância do sistema Cantareira no abastecimento da Grande São Paulo havia sido divulgada pelo governo em maio. Essas alterações dependem de obras, que estão em curso.

Segundo o governo até o fim de julho entrará 0,5m³ por segundo do sistema Rio Grande, que atende parte do ABC.

Com a ampliação na produção de água, 150 mil usuários, da região de Sapopemba, na zona leste, vão receber essa água nova e deixarão de ser abastecidos pelo Cantareira.

Até o fim do ano, aproximadamente 300 mil consumidores também vão passar a receber água do Guarapiranga, que está com suas represas cheias, em vez de água do Cantareira.

Embora 87% dos moradores da Grande SP abastecidos pelo Cantareira tenham poupado água no mês passado, segundo a Sabesp, o nível do sistema não para de cair.

O sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento diário de água a 8,8 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo. Os mesmos rios também atendem municípios da região de Campinas, no interior do Estado.

Nesta segunda (30), ele operava com 20,6% de sua capacidade -4,4 pontos percentuais menos do que em 30 de maio.

"Nós já contávamos com essa queda. Nós não esperávamos chuva nos meses de inverno. Aprendi na roça que só chove em mês com [a letra] 'r', então volta em setembro", afirmou Alckmin.