A Sabesp, companhia do governo de São Paulo, afirmou em nota à Folha que o abastecimento dos consumidores do sistema Cantareira está garantido até março de 2015.

Para alcançar essa meta, a empresa conta com chuvas que devem ocorrer a partir de outubro e com o "volume morto", reserva de água que fica abaixo da captação das represas.

Quando o bombeamento dessa reserva começou, em 15 de maio, o nível do Cantareira subiu 18,5 pontos percentuais.

Sem o "volume morto", pelos números de ontem (1º/7), o nível do sistema Cantareira estaria em 2,1%.

Questionada sobre a aceleração na queda do nível das represas e se ela está relacionada com uma alta de consumo de água por parte da população, a Sabesp não respondeu.

Os números gerais apresentados pela companhia mostram que, até 23 de junho, 80% dos consumidores do sistema Cantareira na Grande São Paulo economizaram água.

A Sabesp ainda afirma que a campanha para que a população continue economizando água também continua, embora admita estar fazendo menos inserções dela na televisão.

Neste momento, diz a nota, a manutenção da campanha está sendo feita tanto no rádio quanto em jornais e revistas.

Um das medidas anunciadas para tentar diminuir a pressão sobre o Cantareira permanece: o pagamento de bônus de 30% a quem diminuir em 20% seu consumo de água.

Anunciada anteriormente pelo governo Geraldo Alckmin, a multa para quem gastar além de sua média de consumo, porém, está sem data para entrar em vigor.