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    Crise da água

    Sabesp tem de tirar menos água do Cantareira

    DE SÃO PAULO

    03/07/2014 02h00

    Com a seca cada vez mais crítica, o comitê que determina a quantidade de água a ser retirada do sistema Cantareira decidiu que a Sabesp reduza novamente a captação para abastecer a região metropolitana de São Paulo.

    Durante a primeira quinzena de julho, a companhia poderá captar no máximo 19,7 m³ de água -o equivalente a 19.700 litros- por segundo.

    Nos últimos 15 dias de junho, o limite era 8,4% maior, fixado em 21,5 m³/s.

    O novo índice vale até o próximo dia 15, quando deve ser reavaliado pelo grupo.

    A redução frustra a expectativa da Sabesp, que havia solicitado uma captação maior para julho -20,9 m³/s.

    O órgão técnico, porém, restringiu a vazão devido ao agravamento da seca sobre o sistema e à "eventual necessidade de aumento da descarga para as bacias PCJ [no interior paulista]".

    Criado em janeiro, o comitê de crise é formado por técnicos da ANA (Agência Nacional de Águas) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) que monitoram diariamente os índices do sistema e definem a retirada máxima de água para abastecimento a cada 15 dias.

    O Cantareira é a principal fonte de água da Grande São Paulo, onde atende quase 9 milhões de pessoas. Também abastece cerca de 6 milhões de moradores da região de Campinas e Piracicaba.

    Nos últimos dez dias de junho, a queda no nível dos reservatórios aumentou 64% em relação aos dez primeiros dias do mesmo mês.

    Ontem (2/7), o Cantareira tinha apenas 20,2% da água que é capaz de guardar. Devido à crise, o sistema usa desde maio seu "volume morto" -água do fundo das represas.

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