Um novo trecho do Rodoanel será liberado ao tráfego nesta sexta-feira (4) com a promessa de reduzir de 38 minutos para 23 minutos a travessia da zona leste de São Paulo -da rodovia Ayrton Senna ao ABC paulista.
A alça que custou R$ 3,6 bilhões sairá do papel ainda incompleta e depois de mais de uma década de promessas.
Nesta primeira fase, os 37,7 km liberados vão do trecho sul do Rodoanel, em Mauá, até a rodovia Ayrton Senna.
Os outros 5,8 km, entre a Ayrton Senna e a rodovia Presidente Dutra, devem ser abertos em setembro, devendo provocar maior alívio no tráfego de caminhões que passam pela marginal Tietê.
A nova alça é a terceira do Rodoanel a ser construída. Os trechos oeste e sul foram abertos em 2002 e 2010, respectivamente. O norte está em construção, com previsão de ficar pronto em 2016.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, chegou a fazer uma inauguração simbólica do trecho leste nesta quinta (3).
À noite, porém, a Folha verificou que ainda havia vários pontos inacabados. Operários corriam para completar a obra -pintavam faixas e concretavam parte da pista.
O Estado diz que haverá uma vistoria às 8h desta sexta e que a circulação de carros será liberada em seguida.
| Marlene Bergamo/Folhapress | ||
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| Operários trabalham na construção do trecho leste do Rodoanel; via será aberta sexta aos carros |
CUMBICA-SANTOS
O novo trecho permitirá ligação expressa do Porto de Santos, na Baixada Santista, ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).
O ABC paulista e os municípios da zona leste da Grande São Paulo, como Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba, também serão interligados com maior rapidez.
A expectativa é que haja uma queda do tráfego de caminhões na marginal Tietê e na av. Jacu-Pêssego. O Estado e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), entretanto, disseram à Folha não ter estimativas do
impacto.
Devem passar pelo trecho inaugurado 33,2 mil veículos por dia. Praticamente metade dessa frota será de caminhões, pelos cálculos oficiais.
O trecho leste do Rodoanel era uma das obras prioritárias de Alckmin e será usada como vitrine eleitoral na campanha do PSDB deste ano.
Ele deveria ter sido concluído em março deste ano, mas a concessionária SPMar -responsável pela obra e que irá gerenciar a via e cobrar pedágio- atrasou a construção, frustrando os tucanos e levando à decisão de inaugurá-lo apenas parcialmente.
A partir deste sábado (5), os administradores que concorrem às eleições, como Alckmin, não podem mais participar de inaugurações de obras públicas.
| Alex Argozino e Pedro Ivo Tomé/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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