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    Miguel Gabriel (1914-2014) - Farmacêutico apreciador das artes

    DE SÃO PAULO

    05/07/2014 00h01

    Gentileza era o "sobrenome" do paulista Miguel Gabriel. Um verdadeiro "gentleman" que apreciava artes, vestia-se bem e tratava a todos com a maior educação.

    A longa aposentadoria permitiu-lhe adquirir ainda mais cultura ao viajar para diversos países. Antes de embarcar, estudava tudo o que podia sobre os locais que iria visitar. Lá estando, uma das coisas de que mais gostava era provar a culinária típica.

    Paris era seu destino preferido, mas foi em Viena, na Áustria, em 1982, que conheceu a brasileira Ignez.

    Por causa dela, passou anos entre São Paulo e Ribeirão Preto, no interior, onde ela morava e cidade que adotou para passar o final da vida.

    Aqui ou no exterior, gostava de ir ao teatro e a concertos. Em casa, tinha uns 200 CDs só de música clássica. Quando jovem, tocou pistom e trombone em uma banda, mas também era pé de valsa.

    Apreciava beber uísque e cozinhar pratos árabes —era descendente de família síria.

    Farmacêutico, participou ativamente do conselho paulista da categoria entre 1977 e 1993 —foi diretor financeiro e conselheiro. Era admirado por sempre agir de maneira correta, segundo colegas.

    Miguel foi internado um dia antes de completar cem anos, em 26 de maio, com toda a festa já preparada.

    Morreu no dia 6 de junho, de pneumonia. Além de Ignez, deixa a filha, Juçara, do primeiro casamento, do qual ficou viúvo, e a neta, Patrícia.

    coluna.obituario@uol.com.br

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